CARIDADE E LIVRE ARBÍTRIO
Deus, em sua infinita bondade e sabedoria, legou-nos o livre arbítrio, que não é outra coisa senão o direito de escolher o caminho que queremos trilhar e Jesus reafirmou esse direito quando nos disse:
“Se alguém deseja seguir-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz dia após dia, e caminhe após mim. ” (Lucas, 9,23).
Continuando, Ele enfatiza que temos direito à liberdade, mas devemos arcar com as consequências das nossas escolhas:
“Da mesma forma, todo aquele que não carrega a sua própria cruz e segue após mim não pode ser meu discípulo.” (Lucas, 14,27).
Que mérito teriam os justos se não tivessem opção de agir diferente? Se fossem coagidos a fazer apenas o bem? Quis Deus que o homem se empenhasse em evoluir, deu-lhe o direito de escrever sua própria história, cometer seus próprios erros e acertos e assumir as consequências das suas escolhas. Esse texto do Evangelho deixa claro, que cada um deve carregar a sua cruz. Podemos e devemos ajudar o irmão a fazê-lo, desde que ele prossiga no seu caminhar, porém não devemos nos culpar se ele se recusar a carrega-la.
Também não precisamos de ideologias ou fórmulas que nos ensinem a fazer o bem. Não precisamos de leis que nos obriguem a fazer caridade. Em que agradaria a Deus uma esmola dada sob coação? O mundo está carente de amor a Deus e ao próximo. Ama-se muito o dinheiro, o poder e não são teorias mirabolantes e ineficientes que vão ensinar a humanidade a amar. Devemos nos dedicar a convencer através do exemplo e não fazendo imposições, pois nem o Supremo Criador faz.
A Fé, irmã da Esperança é quem nos conduz à Caridade e as três constroem um caminho concreto para Deus.
Fátima Almeida
26/04/2017