Supremo?

Estão levando muito a "sério" esse título: Supremo Tribunal Federal. Subiu para a cabeça, incharam o peito; a toga e a confortável poltrona lhes dão ares de deuses. Altos salários. Altíssimos. Pago pelo povo. Povo, na grande maioria pobre, sofredor. Mas aqueles onze deuses não se dão conta disso. Riem, zombam, rasgando leis, rasgando a constituição, acreditando que são inatingíveis, intocáveis. Nós ficamos apenas olhando, de boca aberta, sem saber o que fazer. Um povo composto de varas separadas. Separadas por partidos, por religião, por ideologias, castas, cor da pele, preferência sexual. Todos divididos e separados. Fácil de serem quebrados um a um. Juntos no mesmo molho seriam tão fortes que ninguém jamais os quebrariam. Nem mesmo uma ditadura exercida por onze indivíduos. Mas o povo está hipnotizado, desorganizado, bestializado, zumbizado, e só reage ao estímulo de uma copa do mundo, o carnaval e festas juninas. É uma massa de manobra. Matéria prima que alicerça e sustenta os que só querem o poder pelo poder.

Os três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário, são, de acordo com a constituição, independentes e harmônicos. Então como se explica que algo aprovado e transformado em lei pelo Legislativo possa ser desfeito pelo Judiciário? Onde está o limite de cada um? E nesse caso quem pode interferir e fazer com que a lei seja cumprida? Se o STF não cumpre a lei, não respeita a constituição, quem mais poderá fazer isso? Aí está uma grande e terrível apologia à desordem, à desobediência civil. Mas isso só aconteceria se existisse um povo inteligente, que valorizasse acima de tudo a independência. O Brasil tem um povo escravizado, com síndrome de vira-lata, que se abaixa, poe o rabinho entre as pernas, e se contenta com migalhas: o bolsa família, a novela da Globo, o carnaval...

Isidio
Enviado por Isidio em 10/06/2018
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