Observo.Compreendo. Ou não!
Observo.Compreendo. Ou não!
O que se fala, escreve, vê, ouve, sente não estão conjuminados. O sujeito em conflito com suas sensações se percebe diante do nada e tenta se erguer, erguendo-se.
A pós-modernidade, para alguns, deve ser uma tragédia (o pior, é que o bode, em você, berra e não canta quando vai ao sacrifício – obrigado, Nietzsche). A rapidez da realidade não fixa nem reconhece ninguém. Fatos são fatos e fatos novos apagam o agora e o já, e constroem o novo que é velho e tudo já passou e acontece/ aconteceu. É preciso entender que não há apresentação que o aperto de mão dure mais que o suspiro da partida; os jantares não têm tempo para a sobremesa. Então, como quer ser convidado, novamente, se a festa já não é a mesma nem o anfitrião é o de outrora?
Fala, mas não escreve! Voz e caneta(teclado) não estão de acordo, principalmente, quando o discurso é outro. Confusão emblemática e confusa!
Escreve, entretanto, a borracha, da presença, apaga as frágeis palavras desenhadas em forma de conceito.
Vê, contudo, encontra-se na penumbra da vida, olhando, pela fresta,a realidade.
Ouve e somente escuta quando não há perguntas. Por quê? Não se sabe o porquê!
Sente e senta para esperar o mundo girar.
A hipermodernidade está provocando o indivíduo.
... e a solução? Cante e não berre, bode!
Mário Paternostro