NEW YORK, NEW YORK...
Hoje, ao acessar o Facebook, deparei-me com uma lembrança de 5 anos. Uma foto em que estou com meu filho em frente à Biblioteca Pública de NY. Assim, abrindo o baú das memórias algumas recordações começaram a fluir naturalmente..
Quando cheguei nessa cidade, senti uma forte opressão, face à sua dura imponência. Lançando o olhar a para cima o que se vê são inúmeros gigantes cinzentos que parecem querer tocar o céu. Baixando um pouco o ângulo de visão, pode-se sentir uma invasão de apelos visuais, composta de incontáveis placas, painéis, letreiros luminosos e coloridos, com anúncios e mais anúncios de todos os tipos. Um lugar estranho, de ruas numeradas e quadras enormes, onde se vê no trânsito, mais táxis que carros de passeio. Não sei se existe outro lugar no mundo com tanta diversidade que, ao parar numa esquina para atravessar a rua, pode-se escutar 6 ou 7 pessoas falando idiomas diferentes num ouvido, e no outro, mais 7 ou 8 pessoas falando outras tantas línguas estranhas...
Entretanto, no meio de tanto cinza contrastando com o excessivo colorido dos letreiros, tanta gente e seus burburinhos, tanta pressa e agitação, tantos veículos barulhentos, tanta mistura de cheiro de fumaça e comida pelas ruas, existe um coração verde: o Central Park. No meio desse cenário caótico, ele se destaca, quase parecendo surreal. Um verdadeiro oásis, onde o tempo parece reduzir a marcha para descansar e fazer uma higiene mental. Assim, a paz tem a oportunidade de achegar-se e se estender nesse imenso tapete verde. Sim, ali a paz se mostra nos raios de sol atravessando as folhagens e pintando o chão de luz; numa romântica pontezinha curva onde um casal observa e escuta o cântico da água corrente fluindo, nas crianças correndo e jogando bola, numa moça lendo um livro sentada no gramado, nas flores gingando com a brisa, num solo de saxofone tocando “New, York, New York”... Ah, ali a paz se encontra por toda a parte...
Nessa foto que veio como lembrança hoje, estou diante da Biblioteca Pública Central, que impressiona tanto pelo tamanho, pela bela arquitetura, pelo salão central magnífico ladeado por incontáveis prateleiras de livros, por suas diversas salas de estudo, quanto pelas obras de artes nele espalhadas. Esse é outro lugar de paz e silêncio que guardo na memória. Os diversos e excelentes museus espalhados pela cidade são capítulos que devem ser escritos em separado, face à impressionante riqueza cultural que guarda cada um deles. Dentre os que visitei: MOMA, Museu de História Natural, Madame Tussauds (museu de cera), destaco o Metropolitan.
O Metropolitan, com seu acervo primoroso e riquíssimo, nos permite viajar na história, desde o antigo Egito, com suas múmias, sarcófagos, peças de arquitetura e os mais diversos objetos de arte e outros utensílios, passando por diversos momentos históricos da Idade Média, Moderna e Contemporânea. Além disso, seu acervo de obras de arte, é simplesmente absurdo, obras de todas as épocas, desde a mais remota, à grandiosidade do Renascimento, até chegar à Arte Moderna. Minha visita foi de apenas um dia, vi muita coisa, mas de forma apressada, sem poder usufruir realmente de tantas raridades ofertadas. Para quem realmente gosta desse tipo de programa, esse museu, em especial, precisa de dois a três dias de visitação.
Assim, finalizo algumas das minhas lembranças dessa cidade de tantas faces chamada New York.