PENSAR. MEDITAR.
“As palavras paz, calma, sossego, silêncio”, têm cada uma delas seu próprio matiz significativo, porém, não é fácil defini-lo exatamente .O “sossego” é um estado no qual não há inquietude nem perturbação. A “calma” é um estado de sossego inquebrantável que nenhum barulho ou inquietude podem alterar, é um estado menos negativo que o sossego. A “paz” é um estado ainda mais positivo que comporta uma estabilidade e harmonia e um sentido de liberação e de repouso.”
Li isso de um filósofo indiano, e outras ideias semelhantes em livro que vendeu cinco milhões de volumes e figura em primeiro lugar dos mais lidos do New York Times. Nesse se diz que precisamos parar de pensar, senão a mente está usando você. Que teríamos - palavras textuais do livro que vendeu cinco milhões - “uma vasta área de inteligência além do pensamento, e que esse é apenas um aspecto diminuto da inteligência”.
Coloquei do lado destes “pensamentos” uma interrogação, “ fez o livro sem pensar?”
Creio que há uma arrancada “espiritual” mercenária e primária no mercado autoralista impulsionado pela edição, e vende livro, muitos livros. As pessoas andam perdidas, por falta de pensar corretamente. SÓ ISSO....
O que transcrevi ao vestíbulo é infantil. Quem está sossegado está em calma e goza de paz. Ou não se conhecem vocábulos ou aos mesmos querem dar significação que não comportam. E de qualquer forma que se abordar chega-se a denominador comum, por exemplo: Como a calma é menos negativa que o sossego? Quem está sossegado não está em estado negativo, nem mais nem menos calmo do que quem está calmo, por estar sossegado. Está em estado positivo, EM PAZ, e em harmonia, nem mais nem menos que o calmo ou sossegado.
Estão lavrando terras desconhecidas, pura e simplesmente por caminhar em ficção sem lastro artístico, não estamos no cinema ou em romanceado, nada se colhe dessa semeadura, a não ser lucro. Por quê? Não se inverte o que é lógico, não se encontra o absurdo onde a evidência está dominada pela inteligência mínima. Como não pensar? Onde estão estes espaços mais nobres que a inteligência, locais vazios e maiores que a inteligência? A inteligência, o discernimento, é a maior faculdade humana, fez a humanidade com todas suas mazelas sair da primeva condição de lutar para sobreviver, pela força, para lutar para sobreviver pelo direito de ser pessoa.
Nada disso ensinou o Buda, mas mergulhar em seu interior em exercício respiratório, em calma, silenciosamente, em paz, para encontrar melhores meios de desapego do mundo e sofrer menos, como dizia, e atingir outros espaços de calma e paz, que de forma alguma são mais ou menos inteligentes do que a própria inteligência. Lá se encontra sossego, mergulaha-se na paz.
Busca-se esvaziar um pouco a mente, sossegar, silenciar, ter calma e paz, fugir da correria da vida.
Muita verbiagem nesse sentido tem ocorrido. Não vejo proveito no que se encontrará, nada...Quem não sabe o que procura não sabe o que pode achar...,digo sempre. Buda somente ensinou que a iluminação é o fim do sofrimento, mas para tanto é impositivo abandonar-se ao destino e deixar de lado a vida comum. Uma aceitação máxima do inevitável,sem sebressalto.
Quando nada mais que o destino reserva puder importar, você não mais sofrerá.
Mas já terá morrido? Sim, pois a vida é amar e trabalhar, e acima de tudo ser útil.