RECORDAÇÕES GUARDADAS PELAS GAVETAS

Não foi orquestrado. Cinco em ponto, hoje, um galo cantou por ai, acordei pensando: em qual quintal estaria esse galo? tão incomum aqui no meu bairro. Silenciosamente sai das cobertas e fui lidar com alguma coisa. Tal qual eu fizera ontem quando um pouco mais tarde, já perto das seis um bem-te-vi se antecipou a algazarra dos pardais. E assim tratei de bolinar com alguma coisa que me mantivesse ativo até um horário que junto com o sol, outros viesse à vigília.

Fui mexer com uma caixa de fotografias, esquecida em uma gaveta, um compartimento do mobiliário. revendo-as, as lembranças vieram à tona, dando a entender o quanto fazíamos descaso das nossas recordações registradas, e acontece de se perderem dentro de casa sem que voltemos a dar uma única olhada nelas.

Teria alguém percebido que repassar velhas fotografias e cartas filmes ou qualquer documento é como viajar no tempo? Rever lembranças, coisas, lembrar de lugares, pessoas, momentos. cada recordação é uma pequena viagem.

Quando se posta algo nas redes sociais, ainda que seja banalidades, não se perce o quando em alguma parte aquilo pode ser importante para alguém do outro lado ou a milhas de distância. O que percebe-se pelos comentários. Encontra-se interações de muito tempo e em muitos casos preenche-se um vazio. E bem legal.

Um dia desses, encontrei com um amigo e colega de trabalho dois vídeos de 1990, contendo pessoas que não se via há muito tempo e autorizado por ele postei numa rede social. A explosão de comentários saudosos movimentou muitos outros amigos e me trouxe a rever vários deles. A ideia foi ótima. Uma verdadeira volta àquela década que quando nada passados 28 anos.

O bom de tudo é que sabemos que aquilo que guardamos, quando revemos nós faz refletir, alegrar, entristecer e entender que vivemos e estamos vivendo. É outra vida em outra época que de algum modo pode suavizar caso, haja, efeitos pesados no dia a dia atuais. surpresas do presente que naquele passado não vão nos dar aborrecimentos.

Muito bom mesmo, e assim, fecho essa crônica refazendo uma frase que li por ai: "Recordar é viver"

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 06/06/2018
Reeditado em 06/06/2018
Código do texto: T6356878
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