O pão suado de cada dia
O cansaço era costumeiro, os dias eram longos e o sol era quente. Tudo girava em torno disso. Seus habitos era humildes e comedidos. No almoço engolia e mal dormia já era outra batalha. Será isso a vida? Pensou. Tentou se voltar. Por que chegara ali. Deve haver mais vida alem disso. Sonhara que era outra pessoa. Sonhara que havia nascido em outro mundo. Um mundo que via ali perto do seu. Eram só as barreiras. Eram só os rotulos as cerimonias invisiveis. Aquilo que ninguém percebia mas que rege os mundo. Se tivesse nascido em um lugar melhor. Se tivesse ido a escola. Se seus pais não fossem analfabetos. A vida seria outra. Qual o sentido disso tudo? Viver para ele era apenas o tormento de existir. Ele era uma maquina. Uma maquina repetitiva e obsoleta. Não havia eperança. Só um desespero intimidado. Ele queria mudar mas de todo modo que pensava estava sempre encurralado. Perdia o sono, perdia o apetite. Mas a vida seguia a sua engrenagem até que um dia o serviço acabou e ele que não era dono de nada, se viu sem tudo que ainda tinha.