O SUMIÇO
Um belo dia, num condomínio em Ipatinga, no Vale do Aço.
-É verdade, véio?! Sumiu mais uma bicicleta, aqui no bicicletário?
-Infelizmente é, Beto.
-Pois a minha "magrela" eles não roubam de jeito nenhum! Vou, agora, comprar um cadeado para ela!
E assim foi feito.
Na volta, o rapaz trancou a sua bicicleta e subiu para o seu apartamento.
-Trrrrrrrrrriiiiiimmmm...
-Alô, bicho! Fala!
-Cara, está rolando um churrasco, aqui em casa, e você não pode perder.
-Já é, bicho!
O moço se aprontou e foi pegar a sua condução.
-Uai! Que trem doido é esse, sô?! Será que a chave está estragada?!
Não conseguindo abrir o cadeado, ele pediu ajuda ao porteiro.
-Véio, chega aí! Estou com um problema terrível!
-O que é, Beto?
-Acabei de comprar este troço e ele não abre! Estou precisando ir urgente a uma festa, o pau está quebrando por lá, está cheínho de mulher e este cadeado está me embaraçando! Você poderia me ajudar a arrebentar esta porcaria?
-É pra já!
Com o “camelo” liberado, o jovem trilhou para o lado da festa e dormiu por lá.
No dia seguinte, ele chegou alegrinho, assobiando uma música funk, colocou a bicicleta no lugar, pegou o elevador e ouviu um papo:
-Coisinha, que absurdo! Sumiu mais uma bicicleta no condomínio, ontem!
Imediatamente, ele desceu para tirar a limpo e encontrou com o porteiro aflito.
-Beto, você tem certeza que aquela bicicleta, que você mandou eu quebrar o cadeado, é sua, mesmo?
-Uai! Acho que é, sô!
Chegando ao bicicletário, a bike estava lá, com o cadeado intacto.