Enxergar
Olho dentro de minha alma, dentro dos olhos. Vaculhando meu espírito.
E, diante do espelho vejo a figura de uma mulher. Uma simples e humilde pessoa.
Cabelos em desalinho, pensamentos soltos a cair pelo caminho, lágrimas ressecadas pelo deserto dos desafetos.
Olho fundo dentro de mim mesma e, no espelho vejo refletida apenas uma imagem. Convenções sociais amontadas em forma de traje. Os óculos que me permitem ver.
A sensibilidade que me permite a perceber o mundo ao redor. O brilho prateado dos espelhos não me faz jus ao tropel de sentimentos, avalanches de emoções, terremotos em forma de afetos e desafetos.
E, aquele silêncio engolido a seco diante da decepção. Da traição e da ingratidão. Esperamos tanto, quando não deveríamos.
Empenhamos tanto de nosso coração, enquanto não deveríamos. O verbo dar deveria ser intransitivo.
Novamente miro o espelho... tento em vão corrigir o cabelo e a face que estampa tanto os ânimos. A boca que esboça a palavra em semântica secreta. Preciso da senha para entender o autorretrato.
Preciso decifrar a figura, os modos e os olhos. A pequena angulação oblíqua do olhar... e os medos que nos cerceiam até a morte. Não tenho medo de morrer... e qualquer tipo de morte, pouco importa.
Eis que a cessação de tudo, de imagens, de expectativas, de
frustrações, de palavras malditas, de silêncios indigestos e, principalmente da agonia plena de procurar não só ver, mas principalmente enxergar-se.
Olho dentro de minha alma, dentro dos olhos. Vaculhando meu espírito.
E, diante do espelho vejo a figura de uma mulher. Uma simples e humilde pessoa.
Cabelos em desalinho, pensamentos soltos a cair pelo caminho, lágrimas ressecadas pelo deserto dos desafetos.
Olho fundo dentro de mim mesma e, no espelho vejo refletida apenas uma imagem. Convenções sociais amontadas em forma de traje. Os óculos que me permitem ver.
A sensibilidade que me permite a perceber o mundo ao redor. O brilho prateado dos espelhos não me faz jus ao tropel de sentimentos, avalanches de emoções, terremotos em forma de afetos e desafetos.
E, aquele silêncio engolido a seco diante da decepção. Da traição e da ingratidão. Esperamos tanto, quando não deveríamos.
Empenhamos tanto de nosso coração, enquanto não deveríamos. O verbo dar deveria ser intransitivo.
Novamente miro o espelho... tento em vão corrigir o cabelo e a face que estampa tanto os ânimos. A boca que esboça a palavra em semântica secreta. Preciso da senha para entender o autorretrato.
Preciso decifrar a figura, os modos e os olhos. A pequena angulação oblíqua do olhar... e os medos que nos cerceiam até a morte. Não tenho medo de morrer... e qualquer tipo de morte, pouco importa.
Eis que a cessação de tudo, de imagens, de expectativas, de
frustrações, de palavras malditas, de silêncios indigestos e, principalmente da agonia plena de procurar não só ver, mas principalmente enxergar-se.