A ROTAÇÃO DA LUA
Lá do alto a Lua domina tudo, colorindo as noites. Cá embaixo, os casais de namorados não mais se deslumbram com ela. Os esquilos saltam anunciando que a morte ainda não veio. Não discutimos uma provável desrazão de Copérnico, a tibiez de Galileu ou os desvios de órbita de Kepler.
O que é a vida? - Perguntam a um ancião reticente, perdido no implexo dos seus próprios questionamentos. A candura dos senis, a estupidez dos adultos e a violência dos adolescentes fizeram couro com a Tirania e transformou os folguedos em praga nefasta.
A proclamação apócrifa de que não há pecado abaixo da Linha do Equador parece ter tido apenas um propósito para domesticar o nativismo no Novo Mundo, mais notadamente na América Latina. Na ocasião em que foi pronunciado, o bordão tornou-se capaz de mudar mentalidades e convencer as mais incautas almas nos Trópicos, sobretudo. O ideal patriótico foi propagado ao longo dos séculos e implantado incondicionalmente nas mentes dos gentis.
Nem rasgada nem incendiada, a bandeira foi deixada de lado e reconhecida por um heterodoxo como mero pano de chão. O crucifixo, a pira e a espada foram abandonadas até pelo clero. A bandeira é empunhada pelas mesmas mãos que oprimem, as mesmas que conclamam a Carta Magna (que por eles foi deturpada) e contradizem a Democracia. O crucifixo e a espada desferem golpes mortais tão eficazes quanto o tanque de guerra e o míssil que é guiado por controle remoto.
Os pseudo-patriotas ingressaram em lutas armadas e se vangloriaram de terem passado pelos calabouços e de serem exilados.
Um tresloucado governo militar meteu a mão pelas pernas e, sem qualquer argumento alimentou malucos ideais, tanto comunistas como liberais.
O que chamaram de RESISTÊNCIA era apenas uma dissimulação, uma máquina de produzir violência e pobreza, ora se unem em diversas ideologias e com um propósito único: erradicar os gentis.
Condenou-se a servidão, o escravismo, o coronelismo e as republiquetas, mas manteve-se o totalitarismo velado, suplantando uma população quase iletrada que mal soube diferenciar entre um governo populista e um extremamente corrupto.
Lá do alto a Lua domina tudo, colorindo as noites. Cá embaixo, os casais de namorados não mais se deslumbram com ela. Os esquilos saltam anunciando que a morte ainda não veio. Não discutimos uma provável desrazão de Copérnico, a tibiez de Galileu ou os desvios de órbita de Kepler.
O que é a vida? - Perguntam a um ancião reticente, perdido no implexo dos seus próprios questionamentos. A candura dos senis, a estupidez dos adultos e a violência dos adolescentes fizeram couro com a Tirania e transformou os folguedos em praga nefasta.
A proclamação apócrifa de que não há pecado abaixo da Linha do Equador parece ter tido apenas um propósito para domesticar o nativismo no Novo Mundo, mais notadamente na América Latina. Na ocasião em que foi pronunciado, o bordão tornou-se capaz de mudar mentalidades e convencer as mais incautas almas nos Trópicos, sobretudo. O ideal patriótico foi propagado ao longo dos séculos e implantado incondicionalmente nas mentes dos gentis.
Nem rasgada nem incendiada, a bandeira foi deixada de lado e reconhecida por um heterodoxo como mero pano de chão. O crucifixo, a pira e a espada foram abandonadas até pelo clero. A bandeira é empunhada pelas mesmas mãos que oprimem, as mesmas que conclamam a Carta Magna (que por eles foi deturpada) e contradizem a Democracia. O crucifixo e a espada desferem golpes mortais tão eficazes quanto o tanque de guerra e o míssil que é guiado por controle remoto.
Os pseudo-patriotas ingressaram em lutas armadas e se vangloriaram de terem passado pelos calabouços e de serem exilados.
Um tresloucado governo militar meteu a mão pelas pernas e, sem qualquer argumento alimentou malucos ideais, tanto comunistas como liberais.
O que chamaram de RESISTÊNCIA era apenas uma dissimulação, uma máquina de produzir violência e pobreza, ora se unem em diversas ideologias e com um propósito único: erradicar os gentis.
Condenou-se a servidão, o escravismo, o coronelismo e as republiquetas, mas manteve-se o totalitarismo velado, suplantando uma população quase iletrada que mal soube diferenciar entre um governo populista e um extremamente corrupto.