OBSERVANDO A LÓGICA DA VIDA
Tudo na vida é uma questão de lógica...
Mas nem sempre a seguimos...
Osculos e amplexos,
Marcial
OBSERVANDO A LÓGICA DA VIDA
Marcial Salaverry
Dentro do que pode ser a lógica da vida, observa-se que atualmente muita gente demonstra ter mais carinho por certos objetos, como automóvel, moto, televisão, computador, do que pelas pessoas que vivem ao seu redor, e assim, ao invés de levar o carro a um lava-rápido, ficam horas fazendo a “limpeza semanal” no filhinho querido, sacrificando horas de lazer e de convívio familiar. Será lógica essa atitude?
A propósito, meu amigo L’Inconnu passou-me por e-mail uma mensagem muito interessante a esse respeito
"Se Deus criou as pessoas para serem amadas e as coisas para serem usadas, por que será que se amam as coisas, e usam-se as pessoas?"
Com certeza, embora possa doer a alguns, não deixa de ser uma grande verdade, pois os objetos, sejam eles inanimados, animados (aqueles que se movimentam, como carros, iates, etc...), ou animadores (aqueles que mexem com nosso ânimo, como TV, computador, etc..), não deixam de ser objetos, e não tem sentimentos, pouco ligando se os utilizamos ou não, se os deixamos de lado para um passeio ou um papinho, ou mesmo se os deixamos cair no chão e quebrar. Eles nada sofrem, mas as pessoas podem ficar magoadas com tais atitudes...
Não podemos esquecer uma grande verdade, ou seja, as pessoas que nos cercam, tem sentimentos, tem sede de carinho, de atenção, e logicamente não ficam muito satisfeitas ao se sentirem trocadas por um objeto, ou como passam a chamar “Essa Coisa”, e assim, para bem conviver, devemos sempre saber dividir nosso tempo. Nunca poderemos esquecer o convívio familiar, com os amigos, um gostoso passeio, uma viagem, trocando esses momentos de lazer pelo culto ao “objeto amado”.
Sempre devemos considerar que as pessoas que vivem ao nosso redor, forçosamente sentirão um eventual desprezo, muito mais do que o carro poderá sentir falta de uma lavagem caprichada. Não ficará traumatizado, quando muito, ficará sujo, mas um LavaRápido soluciona melhor o problema do que sacrificar algumas horas de convívio familiar, pelo prazer de vê-lo brilhando.
Os objetos que usamos, assim devem ser encarados, como de uso. Utilizamo-nos deles, mas não poderemos nos escravizar a eles. Por mais amados que sejam, não tem sentimentos.
Se alguém mudar de casa, depois de nela viver por mais de 20 anos, a casa não se sentirá abandonada. Mas pessoas que vivem ao nosso redor, fatalmente irão sentir um eventual abandono, ou descaso, se forem relegadas a um plano secundário.
Alguém poderá argumentar que um carro, uma casa, ou um computador não são infiéis, nem cometem injustiças contra nós. Mas, há que se considerar que costumam dar muita dor de cabeça, necessitando de “consultas médicas”, como podem ser consideradas as consultas a técnicos, mecânicos e empreiteiros, e que, se bem analisadas, podem ser consideradas com “traições” a nossa conta bancária.
Antes do advento da televisão e do computador, as famílias costumavam se reunir para agradáveis conversas, trocava-se idéias, discutia-se problemas. Mas, atualmente, pais e filhos pouco se falam, cada qual em seu quarto, cuidando de seu objeto de estimação. E muitos problemas acontecem por causa disso. Não é preciso falar disso, pois todos conhecemos essa situação, e já vimos esse filme diversas vezes.
Diálogo crianças. Isso é muito importante. É preciso lembrar que as pessoas existem, e continuam vivendo a nosso redor. Um gesto de carinho, um bom dia, um simples “oi amigo” que seja, nada nos custa, e as pessoas agradecerão e até poderão retribuir. Ou não, mas pelo menos fizemos nossa parte.
Pessoas merecem mais atenção do que máquinas, pelo mens é o que nos diz a lógica da vida...
Assim, para todas as pessoas amigas ou não que estiverem lendo, desejo um lindo dia, e peço que façam o mesmo para as pessoas a seu redor.
Façamos nossa parte, e todos, certamente, teremos UM LINDO DIA... E se o desejarmos, pessoalmente terá muito mais efeito do que através do "zapzap"...