"PROVAVELMENTE DEUS NÃO EXISTE." REPTO NO DIA DE CORPUS CHRISTI.
Afirmação de Richard Dawkins, em entrevista à grande imprensa e posição permanente conhecida no momento no círculo mundial do debate do evolucionismo e criacionismo, grandes molas dos vetores que impulsionam e tecem grandes questões insondáveis.
Quem seria o maior ateísta contemporâneo, que “se refestela” no mercado editorial com vendagem de livros, expele e excreta essa convicção que mais uma vez esbarra na contradição como sempre fizeram ateístas e mesmo respeitáveis agnósticos.
“Provavelmente” insere a dúvida que sempre permeou estes cérebros, respeitabilíssimos, como os de Kant e Darwin, como exaustivamente abordei em livro meu.
Não é, portanto, uma frase ateísta, mas agnóstica.
Perguntado sobre o surgimento da vida na sua defesa do evolucionismo, origem que a ciência não explica, responde como uma criança:
“A origem da vida é o ponto de partida ( óbvio), não exatamente a evolução. E não se trata de um fenômeno muito comum ( mais do que óbvio, tanto é assim que ninguém explica e nunca explicará). Algo que tenha acontecido apenas uma vez em todo o universo (é o primeiro motor, o “actus purus”, Deus, único, ponto de partida, como disse o ateísta, inexplicável pelo evolucionismo). Não sabemos ainda ( nem saberão), mas, se o advento da vida fosse tão comum PROVAVELMENTE JÁ TERÍAMOS DESCOBERTO ALGO OU SIDO DESCOBERTOS. É UM ARGUMENTO FREQUENTE MAS QUE EU ACHO MUITO BOBO. É O DEUS DAS LACUNAS.” Parênteses e caixa alta meus.
Deus das lacunas e bobo, tolo, é alardear o que desconhece e confessa, para vender livros já que uma horda sequiosa de vanguardismos ultrapassados está disposta a gastar dinheiro para ler tolices.
Por exemplo, uma passagem citada em meu livro “A Inteligência de Cristo”, ao referir :“Collins (o descobridor e introdutor para o mundo do mapeamento do DNA, o maior cientista da atualidade em termos de progresso das ciências) no prefácio de sua obra afirma que: “Este livro tem por objeto disseminar esse conceito, argumentando que a crença em Deus pode ser uma opção completamente racional e que os princípios da fé são, na verdade, complemento aos da ciência. Contrapondo esses inevitáveis conceitos do coração alicerçado na razão, despontam as oposições fundamentalistas dos ateístas como Richard Dawkins, radical ateu que por suas razões, entende que “a fé seja um dos maiores males do mundo, comparável ao vírus da varíola”, em “Is Science a Religion? The Humanist”, citado em “A linguagem de Deus”, de Collins”. Parênteses meus.
Que este senhor não seja mais um dos ateístas sofredores como foram tantos outros na subida da montanha.
A dúvida está como sempre lastreda nesses tipos de convencimento, "provavelmente”. Fortíssimo advérbio de dúvida inserido em nossa língua, não existe, ou seja, pode ser que exista.
Por que não afirmar, “Deus não existe”.
E tem coragem de afirmar, quando ele mesmo nada pode afirmar no campo das evidências, nem ninguém: “acreditar em algo sem evidências é muito pernicioso”, adito, afirmar o que desconhece é mais ainda.
Com razão os entrevistadores do ateísta: “Deus nunca teve tanto apelo editorial desde que o senhor, Sam Harris e Chistoper Hitchens deram início a sua cruzada pelo ateísmo”.
Acho que esta é a meta maior do “ateísta”, vender livros. Como "afirmar-se ser a fé que projeta um bem , comparável a causa de um mal ou um vírus contagiante, que dizima, mata, afronta a saúde humana. Nestas horas o silêncio seria desejável e eloquente, minimizando as sequelas da palavra, infértil e disseminadora do desencontro, ofendendo até mesmo a inteligência acanhada", conforme ponderei no meu livro citado.
Nada melhor do que Kant, posicionado que não podia provar a existência de Deus e muito menos sua inexistência, mas acolhia um “Ser Necessário” como Primeira Causa. Pois não há causa consequente sem antecedente causa, movimento subsequente sem movimento anterior.
Estamos diante do Primeiro Movimento. Deus. Seja qual for ele.
E valha um dado de adeptos. Em religiosidade, desimportando a crença, a religião qual seja, temos no mundo 92 % de seres que creem em alguma transcendência, algo além da materialidade evolucionista.
Uma pesquisa encomendada pela BBC em dez países mostrou que 92% dos pesquisados acreditam em Deus ou algum tipo de "poder superior". O maior índice de crentes foi encontrado na Nigéria, onde 100% dos mil entrevistados declararam fé em uma força sobrenatural. O país também é que tem o maior percentual de pessoas que disseram frequentar algo tipo cerimônia religiosa: 91%.
Entre os pesquisados, a Grã-Bretanha é o país com a maior parcela de descrentes: 33% não acreditam em Deus nem em qualquer "poder superior". Entre os sul-coreanos, o índice foi de 30%.
Foram pesquisados ainda Estados Unidos, Grã-Bretanha, Rússia, Índia, México, Indonésia, Israel e Líbano. Os dez países, com 2,1 bilhões de habitantes, representam cerca de um terço da população do globo.
No México, único país de maioria católica, a crença em Deus ou uma entidade superior foi de 93%. Apesar dos britânicos liderarem o ranking entre os descrentes, os sul-coreanos são os que mais têm sentimentos negativos em relação a Deus ou a espiritualidade: 27% dos entrevistados. E 82% deles acham que a religião é "uma muleta para os ignorantes".
Já os americanos destacam-se quando a pergunta é sobre a busca de conhecimento religioso: 78% responderam já ter estudado textos religiosos. O país com segundo percentual é a Nigéria, com um índice bem mais baixo: 51%. No católico México, apenas 18% dos entrevistados disseram já ter lido textos religiosos, índice só igual aos dos, ex-comunistas, russos.
A frequência a cultos religiosos entre os mexicanos, porém, é a terceira maior: 58%, atrás apenas de Nigéria (91%) e Indonésia (68%), países com grande população muçulmana. Os países com grande número de muçulmanos também foram os em que o maior índice de pessoas declarou que morreria por Deus ou por sua crença: Nigéria (95%), Indonésia (90%) e Líbano (71%).
O quarto país com mais pessoas que se declaram dispostas a dar a vida por Deus são os Estados Unidos, com os mesmos 71% registrados no Líbano.
Indonésia, Líbano e Nigéria também têm os maiores índices de pessoas que acham que o Deus em que elas acreditam é o único que existe: 96% na Indonésia e 94% tanto no Líbano como na Nigéria. Nos Estados Unidos, 49% dos entrevistados admitem a hipótese de que o Deus em que acreditam não seja o único, índice só menor do que os 65% da Coréia do Sul e 69% da Grã-Bretanha.
Respeitam-se todas as crenças e descrenças, mas que se viabilizem dentro da lógica mínima.