Não há comida para todos. Comida para o corpo e também comida para a alma. Não há afetos por todos.

Não há escola para todos. Nem há perdão e nem oportunidades para todos.
Lutamos diariamente por uma igualdade fictícia. E temos que conviver
com a dor de ser menos ou inferior daquilo que se esperava.

Dói profundamente ser diferente ou mesmo diferenciado. E, as circunstâncias conspiram nem enredo tenebrosa e nossa fatídica história está numa caligrafia indecente.

Vivemos tentando decifrá-la. A gramática conspira contra a dialética. E, a retórica ganha de roldão todos os espectadores. 

Tanta angústia e incertezas num caos que é o tempero de hoje.
Apesar de tudo, estamos em um ano eleitoral. Não reeleja ninguém.
Mas, não nos enganemos, também não há democracia para todos.

Alguns doidivanos acreditam no poder da ditadura, da violência
e do autoritarismo e, confiam na coação absoluta sobre o povo.

Alguns já esquecidos das lições da história pregam o terror tal como fanáticos, numa liturgia bizarra e incoerente.

Estamos mesmo entregue aos laivos de insanos? Será que não há nem uma nesga de racionalidade e sobriedade nesse rincão?

Tomara que sim! Mas, mesmo assim, temos que lutar todos os dias,
para que exista liberdade e igualdade. Para existir alguma justiça e democracia.

Há dignidade humana em todos. E, ouso dizer que em tudo.
Pois humanizamos tudo o que tocamos com as mãos ou com corações.
Não há tantos bens quanto todas as necessidades.

Temos que escavar na pedra a sobrevivência. Como um ato de coragem, valentia e, sobretudo,de esperança. Dias melhores virão.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 31/05/2018
Reeditado em 31/05/2018
Código do texto: T6351294
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