DESMORALIZAR O QUE ESTÁ DESMORALIZADO.
Não há como desmoralizar o que desmoralizado está.
É difícil reverter a desmoralização da escola do poder pelo poder, do benefício de parte contra o todo, da indiferença de alguns que representariam muitos e não o fazem.
A fonte que jorra a água matando a sede de poucos sempre será salgada para muitos.
Para os que precisam dela para recuperar a boca seca da espera, chegará sempre servida de todos os vícios.
Não será a insistência de alguns que trará educação.
Para os diplomados pelo tempo na escola do proveito próprio, ensinados somente para obtenção das vantagens pessoais, profissionalizados para a indiferença, seremos sempre alunos reprovados pela vida no ato da escolha.
Quem prega no deserto não ouve eco de retorno sadio, nem volta alguma do pleito do dever com resposta generosa, o apelo não ouve quem está surdo às necessidades da nação politicamente organizada como querem os doutrinadores publicístas de nota.
Política é outra coisa, para poucos exercerem e alguns compreenderem.
As amplidões vazias, sem fertilidade, não têm o dom de fazerem nascer algo que valha alguma coisa, nunca delas nada vingou que prestasse.
São úteros onde o valor sofre aborto permanente.
Política em nossos dias é pregação para o deserto!