SITUAÇÃO

A situação do país não anda fácil.
Que o digam os viventes.
Não há mais inocentes.
Toda a espera é possível àquele que crê.
No entanto, o que nos derruba, geralmente, também nos fortalece de acordo com uma ou outra doutrina mísitica.
É o homem artífice do ser próprio destino e cabe a nós soerguermos a vida que queremos.
De onde vem então tamanha afronta à pacifidade nacional?

Talvez,
diria eu, 
enquanto poeta que se atreve a essa prosa torta,
nasçam nossos problemas como fruto do que fizemos até agora.

Escancarada a alma nacional devassa-se na lama.
Somos um poema que envelheceu.

Clamam por honestidade,
mas temos todos,
ou quase todos,
esqueletos sujos nos nossos armários,
ou nos porões.

Vi o ódio e o sangue brotando nos cantos dos olhos dos defensores de um ex-presidente aloprado inflamando a divisão entre ricos, pobres, norte, sul, leste e oeste. Só faltou inflamar casados contra solteiros. E haja bola nas costas do povo brasileiro.

E eis que nasce uma esperança...

Não, não nasce.

É apenas uma lembrança de uma promessa de futuro que ficou no passado.

O que deu, então, errado no Brasil?

Seria a nossa falência perante a cultura?

Mas o que serve uma cultura eivada de uma ideologia avermelhada e fadada ao fracasso?

E eis que Monteiro Lobato já dizia:

¨Uma nação se faz com homens e livros¨.

Faltam-nos ambos: homens e livros bons.

E eis que o Brasil deu errado.

Não sabemos o porquê,
mas,
no futuro, 
alguém irá dizer:
Que pais foi esse?