ESCRITOR DE COMPUTADOR. REDENÇÃO OU PALAVRÃO?

Lancei em determinado local uma reflexão sobre a terapia que salvou milhares do ócio absoluto, deu-lhes a luz mínima para sobreviverem entre paredes, aprisionados por doenças psicossomáticas ou locomotoras, uma redenção trazida pela revolucionária máquina, afirme-se, redenção benéfica para muitos que estavam neutralizados de convívio para o ser eminentemente social, o homem.

Isto deve ser festa, gáudio, nunca caracterização de anátema, mancha, diminutivo de valores. Ninguém é limitado na vontade por desejo pessoal, são ocorrências da vida. Ninguém é inválido na vontade por opção, muito menos na locomoção física, balizada por eventos ou ancianidade. Corolários da vida, pura e simplesmente. Até mesmo o vício dos que não podem superá-lo é decorrência da existência.

Por que manifesto essas colocações? Por sentir nas entrelinhas, "no ar", a interpretação da exegese acanhada de “pegar para sua conduta” apreciações genéricas. Ninguém quer ser viciado, como se vício não fosse humano. Ninguém quer ser escravo da máquina, quando tal postura veio melhorar, não piorar uma realidade.

Como disse em artigo de ontem, conheço várias pessoas com esse perfil, presas em casa, pela idade ou circunstâncias e tendo pela chave da máquina, computador, a abertura, o contato com o mundo que lhes era sonegado por suas limitações enormes que persistem.

Mas o computador foi a redenção, não um palavrão. GRITE-SE, QUE BOM.... AO INVÉS DE SE ENROSCAR EM UM CANTO E VOCIFERAR QUE NÃO É ISSO NEM AQUILO.

Isso e aquilo, A MÁQUINA, o computador, é preciso agradecer e reconhecer, resolveu, FOI REMÉDIO EFICAZ que nem a falida psicanálise solucionou.

Muitos vêm ao teclado dizer, “não sei escrever”, “estou treinando”, etc. Devem continuar suas experiências maravilhosas que lhes deu outro sentido de vida, não dando importância a quem lhes mande fazer coisa diversa do que escrever, NINGUÉM É DONO DESSES DOMÍNIOS, "DOMINUS", SENHOR, só a tacanhez notória a tanto se dirige, restando uma só baliza, não se achar, pela troca de elogios de meia-dúzia, no ato de escrever no computador, nesse ou naquele site, o tal clubismo da internet, um novo e marcante “literato”, a grande descoberta pelo mundo do maior escritor até então desconhecido, um fulgurante “fenômeno” a que muitos se entregam, como “pintos no lixo”, e vagueiam a navegar.

Nesse caso o computador é PALAVRÃO, nunca redenção, aumentou a patologia, agigantou o nada, inexiste o que “cure” o mal originário.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 29/05/2018
Reeditado em 29/05/2018
Código do texto: T6349610
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