O rock é pai de tudo
 
O Rock é a celebração entre as forças mais poderosas da sociedade – a cultura e a atitude.
Não existe na música, num todo, nicho mais amplo e propício onde se pode ao mesmo tempo experimentar ousar introduzir elementos de culturas medievais com possibilidades pós-apocalípticas, ou simplesmente ousar uma inesperada junção de uma tribo indígena com uma banda de thrash metal. Em que mundo poderíamos imaginar uma cantora de música sertaneja fazer uma feat. com uma banda de Metal? Pois então, apesar dos factoides e estereótipos sobre o radicalismo e preconceitos envolvendo o meio do Metal, a cena é mais aberta do que muitos pensam.
Através do rock o ser humano consegue expressar seus instintos mais latentes: a emoção,
a agressividade, o virtuosismo e a liberdade de expressão. É num show de rock que se aprende o verdadeiro significado da expressão “exorcizar os demônios”. No rock não existe o “eu”, o Ser, o ego, essa coisa egocêntrica não é bem-vinda; é sempre “nós”, nunca é impessoal. Os roqueiros, metaleiros, headbangers, “trues”, punks, qualquer outra designação que já inventaram para rotular aqueles que não se rendem ao “mainstream” são na verdade uma grande fraternidade mundial. Não existem torres de babel no rock, falamos uma só língua – R’N’R.
Apenas com alguns gestos e/ou maneiras de agir se pode identificar um outro de sua tribo: visual preto, camisas de bandas, cabelos longos, pessoas quietas demais, geralmente com um livro na mão, aqueles com muitas tatuagens, jaquetas jeans repletas de bottons e coturnos provavelmente são do mundo do rock. Alguns com cabelos moicanos como os punks também são fáceis de se identificar. São estilos de vestir, mas também pode ser um modo de protesto contra alguma coisa, quem sabe? Muitos, é claro, utilizam-se desses acessórios como moda – são os posers – mas nunca vingam.
O rock é o incômodo da sociedade moralista, pois foi criado para quebrar suas regras, dogmas e valores. Muito já tentaram impor proibições absurdas; imputar culpa por supostos suicídios induzidos por influência de suas letras. Na verdade, o rock salva, poderíamos dizer que é mais que uma religião – é uma necessidade vital. A música seria entediante e totalmente perecível, como produtos de supermercados que compramos olhando sempre a validade se não existisse o rock. Graças a ele o mundo aprendeu qual o real significado do que é protestar, das manifestações – lembremos Woodstock e a Guerra do Vietnã; o punk inglês e a monarquia; o rock nacional e a Ditadura. É só pegar as letras das músicas e ver qual carga de intelectualismo estão presentes em seu contexto.
O rock nos deu as tietes, os fã-clubes, os grandes espetáculos em arenas. Nada do que acontece na música pop e comercial que vende milhões em shows, merchandising e álbuns, DVD’s seria possível sem as grandes bandas de rock. Portanto, como disse Raul: “O diabo é pai do rock” e o rock é pai de tudo!





 
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Agmar Raimundo
Enviado por Agmar Raimundo em 27/05/2018
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