falsa felicidade

Nada será como foi antigamente nas aulas de literatura que eram declamados poemas de Manoel de Barros e mostravam que a minha existência era escorregadia como manteiga aquecida na frigideira. Hoje, vejo que sou um ser em pedaços, não sou mais inteiro. Isso é assustador, pois antes eu era mais emoção, mais coração. O mundo derrubou as minhas forças e agora estou ao rés do chão. Sem saber em qual parte o meu eu ficou, vou vagando pelo mundo sem sentindo algum na angustia no peito de um dia eu encontrar em alguma esquina o que um dia eu fui. Sinto muito está falando isso, é triste, é devastador. Sou o vento que corre sem sentido. Sou o pássaro que é livre, mas não tem destino certo. Às vezes encontro razões na literatura, mas nem isso me alegra mais. Busco entender a felicidade, mas ela vem em momento tão esparsos que nem noto quando acontece mais.