Corpo a Corpo Eleitoral.
Como já está próximo as eleições de 2018 “ Se houver eleições....” fica pertinente lembrar pleitos passados, para conscientizar o presente e precaver o futuro.
Desde os anos 80, fui simpatizante e filiado do Partido dos Trabalhadores, atuando voluntariamente em campanhas eleitorais. Tenho muitas passagens agradáveis e desagradáveis. Havia os educados, dizendo já ter candidatos, e os deseducados espinafrando suas desilusões políticas e outros babados pornográfico.
Na campanha de 1989, só para presidente, no primeiro turno, estava eu panfletando” Brasil Urgente Lula Presidente” uma moça dizendo estudante, não iria votar num analfabeto e comunista. Fiquei putzgrila da vida, mas me contive. Perguntei-a qual seria seu candidato, me disse que estava indecisa entre Fernando Collor e Roberto Freire. Freire era o candidato comunista. Ironicamente perguntei-a porque o cabrito caga redondo, ela ingenuamente disse que não sabia, eu a disse com ar de brincadeira; se não entendia de bosta como poderia entender de política! Para minha surpresa a encontrei em 2002 em uma reunião do PT. Até lembramos do nosso entrevero em 1989.
Na campanha de 2006, no primeiro turno, uma professora me disse que o Lula ia para o segundo torno, respondi-lhe que ela era um mau exemplo para seus alunos, ensinavam-lhes preconceitos, ela ficou desconcertada e não teve como responder, saiu pesando duro.
Nessa mesma campanha, ao abordar um senhor de mais ou menos 70 anos, sentado na porta de um bar,antes de dar-lhe o panfleto perguntei-lhe; como vai o Senhor?... Me respondeu; “ Vou bem as minhas custas!” Deixei o panfleto no colo dele, andei alguns metros e olhei para trás, ele estava pesatiando o panfleto e as pernas a lá garrincha, e uma galera batendo palmas acompanhadas de gargalhadas. Seriamente voltei, o tal senhor assustou, pensou que iria agredi-lo, correu para dentro do bar, peguei o panfleto amassado, desdobrei-o e disse para alguns presentes; isso custa dinheiro. Eu dei meu sangue para esse PARTIDO, e não estou arrependido, foi assaltado por bandidos.
Lair Estanislau Alves.