Cala-me as incertezas
Cala-me as incertezas com seu relampejo noturno
Quando insisto em repetir as palavras que embebedam
Banha-me com suas águas celestiais com o leve toque das terras virgens
Deixa-me ver o lilás dos teus olhos tempestuosos
Que assustam os andarilhos errantes
Saudando-te naturalmente com meu sorriso sereno
Meus ouvidos e sentidos fecham-se a tudo que não sejam teus
Meu corpo treme como as paredes deste velho prédio, onde escondo minha própria desumanidade
Mesmo assim, acha-me e reclama com seu trovejar que cala até mesmo As luzes que os homens criaram, que me aquiete
Pois você irá lavar o chão que meus pés ousarem pisar.
Não existe muro que o homem levante que não possas derrubar
Não existe uma bolha que não possas adentrar
Muda as cores do céu com a sua presença palpável