Todos os dias, em minhas caminhadas, o encontro. Ele vai sempre garboso, luzindo seu pelo, negro como as asas da graúna.
Sua dona o traz pela coleira, duas vezes enrolada em seu punho, uma vez que Gigante - esse é seu nome- é forte. Ele caminha como se fosse o cão mais importante de Copacabana. Vai tranquilo até que encontra um negro. Ele late...late...late e faz força pra se soltar da coleira. A dona o repreende e o puxa para perto dela.
Ontem, no entanto, vi uma cena que nunca havia imaginado. O bichano vinha em seu passeio, quando avistou um negro alto, forte e comple-tamente bêbado. Quando Gigante avançou, amea-çadoramente, o homem agarrou-o pelo pescoço arrancando-o da mão de sua dona, deu-lhe três pontapés e o jogou na areia. Ele ficou lá com a cabeça entre as pernas, tremendo, até que sua dona foi resgatá-lo.
Hoje o encontrei e, a cada vez que uma pessoa negra passava, ele olhava pro outro lado ou pra cima, como se estivesse apreciando o ceu azul.
Sua dona o traz pela coleira, duas vezes enrolada em seu punho, uma vez que Gigante - esse é seu nome- é forte. Ele caminha como se fosse o cão mais importante de Copacabana. Vai tranquilo até que encontra um negro. Ele late...late...late e faz força pra se soltar da coleira. A dona o repreende e o puxa para perto dela.
Ontem, no entanto, vi uma cena que nunca havia imaginado. O bichano vinha em seu passeio, quando avistou um negro alto, forte e comple-tamente bêbado. Quando Gigante avançou, amea-çadoramente, o homem agarrou-o pelo pescoço arrancando-o da mão de sua dona, deu-lhe três pontapés e o jogou na areia. Ele ficou lá com a cabeça entre as pernas, tremendo, até que sua dona foi resgatá-lo.
Hoje o encontrei e, a cada vez que uma pessoa negra passava, ele olhava pro outro lado ou pra cima, como se estivesse apreciando o ceu azul.