A ESCOLHA DE CADA UM (BVIW)
As visitas que chegavam a minha casa, na infância, recebiam cafezinho já adoçado. Ninguém protestava. Nos balcões dos bares via meu pai receber a xícara já com açúcar, em seguida o balconista servia o líquido quentinho. Não sei bem em que momento do andar da carruagem as coisas mudaram. Primeiro surgiu a escolha: prefere açúcar ou adoçante? Ou com pouco açúcar, ou sem açúcar? Adorei mesmo foi o costume de, em sala de espera, ter uma garrafa térmica com e outra sem o tal açúcar. As águas foram passando em baixo da ponte e agora o modernismo de mini embalagens nos permite ter ao lado da famosa garrafa térmica um recipiente com produtos das várias formas de adoçar: mel, adoçante, melado, açúcar mascavo e até, porque não, o condenado açúcar refinado. Foram mais além: tem sempre outra garrafa com chá e nas visitas as donas da casa sempre oferecem a opção de aceitarmos o chá no lugar do café. Se hoje eu fosse criança não precisava levar beliscão por fazer careta quando a bandeja de café chegava. Viva a possibilidade de escolha!