DESPERDÍCIO DE TUDO....DE NOSSAS VIDAS.

Leio comovido, diante de uma juventude arrasada por falta de exemplos e esperanças, que ouve sem aquilatar com profundidade a extensão da subtração de seus direitos e expectativas futuras, a seguinte frase em comentário a texto meu: “Mas, ser a favor do desperdício daquilo que se pode dar aos outros, nunca! Eles podem ter esse direito segundo a lei do país, mas não têm esse direito segundo a lei da vida!”.

Ninguém tem direito a reter o que o outro precisa, esse é o princípio de reserva moral, conforme meu texto, e se tratando do Estado a premissa é de "RESERVA LEGAL".

É uma reflexão “e tanto” partida de um menino de 21 anos, digo menino, respeitosamente, por ter minha filha caçula trinta e cinco anos.

Será que todos conhecem esse desperdício, de muitas vidas, e de muitas potencialidades, e sua envergadura, o que se joga fora de nosso dinheiro, e mortes decorrentes, sem socorro na saúde pública, para favorecimento de alguns que tem o poder da caneta e a chave do cofre?

O comentário em artigo meu partiu da maturidade de quem tem vinte e um anos e discorreu sobre a retenção privada de quem tem o que não necessita, enquanto quem necessita nada tem. É um princípio que se acerca da justiça distributiva, e vejam, na posição externada, nada existe de segregação de propriedade que professou o hediondo e ignaro comunismo, aberração da qual tenho ojeriza por sonegar o maior bem humano, a liberdade.

Mas meditemos o quanto pagamos de impostos e nada se realiza para o “bem estar social”. Matar a fome do ser humano é obrigação não só dos Estados, mas de todos os humanos pelo princípio de irmandade. Seja por assistencialismo, que não censuro, ou sob outra qualquer justificativa, matar a fome de todos é obrigação de todos, Estado ou não. Cooptar consciência quando se mata a fome é ilegítimo, saciar a fome não pode ser moeda de troca na representação, saciar a fome é um direito à dignidade humana. É o mais degenerado populismo exercitar esse mecanismo torpe.

Não destinar os impostos ao fim orçamentário a que se destinam, manipular contingenciamentos e estornos, deixar a saúde como se encontra, castrar verbas de educação, não implementar a estrutura nacional ou fazê-lo às portas da derrocada é desalentador. Mas nada igual a desperdiçar vidas... a vida é sagrada...

Estamos sempre diante do desperdício...não do privado que não escapou à candente consciência de “nosso alertado jovem”. Do desperdício público como fica notório na mídia, que fomenta lobistas, comissões, guetos e políticos, bancadas do Congresso, emendas parlamentares de orçamentos participativos que deviam ser extirpados, tornados impositivos em plano geral e não pessoal. Ao que parece quem queira fazer alguma coisa não consegue, o trator passa por cima...POR QUÊ? É instigante? Não, o nome disso qual é? Impunidade..

Estamos certos de que ingressando na “rodinha”, no “clube”, o tráfico de influência faz escola, exércitos de comissionados e favorecidos vão sempre reconduzir através de suas “bases” a turma que favorece, por isso são sempre os mesmos....

Onde estão nossos impostos?

Nas “obras públicas” e serviços de todos os gêneros licitados e virtuais....

Nos “cartões corporativos” segredos de Estado...

Nos favores incontáveis, desconhecidos....caros...

Nos atos públicos que a lei determina serem formais e obterem publicidade e tal não se faz....e defende-se a não-transparência, embora a constituição queira diversamente.

Na espera de sempre....

Nos tributos que resolveriam a saúde(lembram da CPMF) , as estradas (da CIDE) e nada resolveram..

Na educação que não possibilita o aluno ler com apreensão quando ingressa no primeiro grau....

No varre para baixo do tapete...a ética...

Estamos embaixo do tapete faz tempo....................varridos.

Pisados..................................

VEM AÍ UMA ELEIÇÃO, QUE OS FICHA SUJA SEJAM VARRIDOS PARA BAIXO DO TAPETE. ELES SIM, SÃO LIXO.