CÍRCULO VICIOSO ELEITOREIRO
As eleições para a escolha de governadores, deputados estaduais e federais, senadores e presidente da república estão próximas de acontecer e Jô Formigon, lá no seu reduto eleitoral conhecido como Cafundós de Judas, está fazendo de tudo para iniciar os trabalhos de apoio ao seu candidato predileto nesse período de pré-campanha eleitoral.
Os eleitores em especial, como sempre acontece nessas datas predefinidas pelo governo, tanto em Cafundós de Judas, como em qualquer parte do país, se enchem de esperança e imaginam que após as eleições, com a escolha do seu representante eleito, evidentemente, tudo irá mudar para melhor e não param de torcer a favor de seu candidato preferido e, se possível, difamar o candidato adversário.
Os candidatos aos cargos eletivos em disputa, por sua vez, não veem a hora de a campanha político-partidária deslanchar de verdade. Ali, diante das câmeras de televisão e em seus palanques improvisados ou não, eles terão a chance de mostrar com detalhes o que pretendem fazer pelos eleitores que eles esperam deem seus votos, conscientemente.
O que o Jô Formigon não sabe ou finge não saber é que os velhos candidatos e seus eleitores encabrestados são cúmplices inveterados, ano após ano, nessa velha maratona de enganar o povo, mas esses eleitores não conseguem aprender a lição.
Os candidatos, como sempre o fizeram, cumprem o seu papel de prometer o que nem sempre terão condições de cumprir após serem eleitos, mas isso já faz parte do jogo de sedução que a política partidária lhes proporciona, referendada pela confiança depositada pelos eleitores nessa gama de políticos profissionais nesse círculo vicioso eleitoreiro.
Já os eleitores ditos vitoriosos, entre os quais Jô Formigon está incluso, uma vez malogrado o projeto de governo de seus candidatos, jamais assumirão que escolheram mal naquela eleição e, visando a não perder tempo nessa luta incessante pela busca do novo, já começam a se preparar para escolher seus candidatos nas eleições vindouras.
Jô Formigon é o que mais acredita nesse vaivém político partidário, tendo como alvo a promessa feita pelo candidato durante a campanha politica, versus o voto dado pelo eleitor consciente e, desde já, num tom assaz esperançoso, assevera:
- Se no decorrer deste mandato ele não fizer tudo o que prometeu, com certeza o fará plenamente se for eleito nas próximas eleições. Eu vou esperar - afirmou.