PSIQUIATRA É PARA MALUCOS!

Rogério, um trabalhador comum, mas postado em degraus acima dos miseráveis, na escala social, contudo achando-se quase no topo. Comia quirela de arroz e arrotava arroz arbóreo, um dia saiu-se assim:

- Psiquiatra é para malucos! Ele tinha outras tiradas que não mereciam credito, tais como:

- aquela mulher ... (dita com com entonação pejorativa).

Desafetos masculinos e afeminados, no recesso do setor, era adjetivados como frescos.

Ora, quem era ele para achar-se desta forma?

- Um ser humano, que certamente estava repleto de defeitos.

Antes que as flechas comecem a cair, há tantos outros rogérios, que certamente sombreiam o que postava-se acima dos psiquiatras.

O da Silva, era bem brasileiro, pois era Silva da Silva, pelo contrário, ao invés de postar-se irônico, prepotente, era diariamente humilhado pela condição social, embora a vida o tivesse capacitado em inteligência.

Astolfo de batismo, de personalidade forte, inteligente, artista, ser humano de verdade, conhecido com Rogéria.

Assim há tantos outros, cada um com suas individualidades, mais positivas do que negativas.

Na assistência de uma partida de futebol de salão, comentou-se que um dos jogadores que transforma-se quando na quadra, ao transpirar doses de agressividade, estava calmo e brincalhão, coisa que não era do perfil dele, então Rogério noticiou que ele estava se tratando com médico para malucos, que receitara calmantes para ele. No bolinho, houve quem acha-se engraçado e um que murmurasse que o mundo estava cada vez mais cheio de loucos.

Ora, o que são loucos, quais são as doenças da cabeça, quais delas podem representar perigo para os demais?

- Não sei a respeito do assunto, mas tenho períodos cíclicos que preciso ir ao psiquiatra, são períodos, cada vez mais espaçados, quando enfrento os exames para verificar se estou curado de doença maligna.

Diante da afirmação de Rogério, eu seria um maluco sazonal?

É muito mais fácil para alguns, dizerem dos outros, como malucos, como frescos, como qualquer outra adjetivação pejorativa, do que olharem para dentro da própria alma!