Náufrago.

Hoje revi o filme Náufrago, um filme com Tom Hanks de 17 anos atrás e me reportei ao ano de 2001 quando morava no Rio Grande do Sul, lembro-me que assisti este filme rodeado de pipoca e guaraná, mas como eu detestava pipoca e ainda detesto, bebia apenas o guaraná, assisti este filme na casa de Jorge Luis Marques Leal e Andreia Wankiria, pois todos os fins de semana assistíamos filmes e nos sociabilizávamos também com jantares, coisa que sinto muita falta e saudades do churrasco, do calor e dos temporais.

Naquele momento eu era um náufrago, encontrava-me ilhado, em um lugar desconhecido e cheio de surpresas, não achei ruim morar no Rio Grande do Sul, muito pelo contrário, se um dia voltasse para o Brasil era lá que eu iria morar.

Na época em que vi o filme estava longe de tudo e de todos e a minha família naquele momento náufrago eram o Jorge e a Andreia, acho que todo o ser humano deveria passar por um momento de náufrago para poder aprender a valorizar a sua vida e também as pessoas em sua volta, o que no caso do filme o personagem Chuck estava só e não tinha um Jorge e nem uma Andreia para o alimentar e nem conversar, por isso digo, se você tem um amigo você tem um tesouro, cuide dele, o preserve, o escute porque um dia podemos necessitar de alguém para nos ouvir nem que o outro esteja apenas lhe escutando e não possa te ajudar naquele momento, mas só o fato de ter ali um corpo presente para nos ouvir já é tudo, tanto que no filme o Chuck usou uma bola da qual lhe pôs o nome de Wilson e todos os dias conversava com esta bola para poder sobreviver aqueles longos e enfadonhos períodos de solidão.

Ali ele aprendeu a pescar, caçar e até fazer fogo.

A questão da sociabilização é muito importante, tanto que em 1944 40 bebês foram submetidos a um experimento onde eram bem tratados e todas as suas necessidades eram supridas porém todas morreram por falta de afeto, cuidado e carinho, pois o teste era este não dar afeto!

Por isso preserve seus amigos aonde eles estiverem❤️

#vsnocotidiano