Tenho cinco inexplicáveis dedos em cada mão. Tenho duas mãos repletas de acenos e semântica. Se estou alegre. Revelam-se dadivosas. Se quiser trazer alegrias, bato palmas... é como se o barulho invocasse a festa, o sorriso e a felicidade "encolhidinhas" ali no canto à espera de ressurreição.
Não tenho nada e, tanta coisa tem pertencimento. E, num contexto imenso do universo, somos mínimos. E, ainda assim, queremos sobreviver, queremos dignidade, queremos um futuro melhor. Mesmo diante as trevas, mesmo diante de dias chuvosos ou no inverno dos afetos. Deseja-se a alegria desesperadamente.
Alegria está na alma, com festa ou sem festa. Com música ou silêncio. Só acontece quando tudo que está aqui dentro se encaixa harmoniosamente com o que está lá fora. Na alegria estamos sincronizados com nossa dupla natureza a humana e a animal.