Inocencia...
Perdemos nossa inocência, ou paramos de acreditar naqueles nossos sonhos antigos?
Destruímos nossos jardins ou, simplesmente perdemos o gosto por cultivar as flores?
Eu olho a minha volta e tudo o que consigo enxergar é um mundo cinza, um SENTIR raquítico, jogado nas calçadas de um TALVEZ.
Eu apostei o amor na sorte muitas vezes. Quantas flores arranquei do jardim das possibilidades, nesse jogo inquieto do “BEM ME QUER, MAL ME QUER”. Qual poder havia nesse ritual? Quantas flores sacrificadas para eu decidir arriscar mais uma vez! O preço por minha sorte azarada era alto. Os jardins elevados da minh’alma, foram devastados por frustrações, pisoteados por avassaladoras decepções… Um sentir apagado e borrado em suas poucas partes ainda existentes.
Afinal, nós perdemos a fé no amor ou nas pessoas? Ou pior, perdemos a fé em nós mesmos e em nossa capacidade de amar?
Seja qual for a resposta, ou o sentido em outros mundos (pessoas), continuarei Reerguendo este paraíso em mim, até que a sorte seja amor, até que o amor seja recíproco, até que todas as flores dos meus jardins sejam um BEM ME QUER, sem que eu precise arrancá-las deste solo de possibilidades…
(Hámilson Carf)