RESGATANDO O PASSADO II
Saía eu hoje dos Supermercados EPA, aqui na Cidade Nova, Belô/MG, quando dou de cara com o Santos Valério dos Santos, o "Santinho", contemporâneo meu dos tempos de garoto da Renascença, o bairro fabril onde se localizava a Cia. Renascença Industrial, fábrica de tecidos finos, que patrocinava o ESPORTE CLUBE RENASCENÇA, o qual chegou a disputar o Campeonato Mineiro de Futebol em 1950.
O "Renascença" tinha uma equipe mirim com "Pitóca" no gol (grande pegador de pênaltis), Kafunga, Carlos Bolota, Dilton e Formigão na defesa,Zé Lúcio, Rogério e Tulú no meio, Betinho (eu), Santinho e e Maurinho Pires no ataque. Essa era uma das formações do time de mirins do Renascença, nos bons tempos da nossa juventude, dirigido pelos técnicos Néca e Vicente de Paulo Santos, o folclórico pai do Dilton. O Vicente era natural de Paraopeba, cidade vizinha do Cedro (hoje Caetanópolis), minha terra natal, igualmente berço da saudosa Clara Nunes.
Ele era dado também às artes cênicas. Ensaiava e dirigia uma peça intitulada "Os Dois Sargentos" e levava o público às lágrimas no auditório do Salão Paroquial, junto à Matriz de Santo Afonso da Renascença, comandada pelo Padre Pedro Gontijo. Era deveras comovente a interpretação dos artistas comandados pelo Vicente de Paula.
O time mirim citado acima era imbatível e chegamos até a enfrentar o famoso "Bambas", uma equipe formada e dirigida por alguns padres do bairro da Floresta, próximo à Renascença.
Meu saudoso pai, Constantino Rêgo (antigo jogador do "Rena"), não perdia nenhuma exibição dos mirins do "Renascença" e me dava o maior
apoio, transmitindo também seu entusiasmo aos demais companheiros da nossa equipe.
Onde quer que o senhor esteja, meu pai, a nossa lembrança e a grande saudade dos seus filhos, amigos e admiradores, pelo homem, pai de família e atleta exemplar que sempre foi. A sua bênção!...
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B.Hte., 08/05/18