Direito à maternidade
Deus ou a natureza seletiva (a depender de sua crença) poderia ter feito a humanidade se reproduzir de diferentes maneiras, como se dá com alguns animais, que já nascem independentes de suas mães, porém, escolheu nos dar mães.
Parece ter escolhido o processo mais complicado, pois o ser humano é altamente dependente; há uma gestação longa – nove meses-, passa-se por um período de amamentação prolongada, dependendo da cultura dura anos, e nos primeiros anos de vida, precisa-se aprender a falar e a andar. Mas, não termina por aí, pois pelo resto da vida o “cordão umbilical” não se parte entre mãe e filho.
A maternidade não se resume a “parir”, mas em acompanhar o filho pelo resto da vida e, há ainda, quem sustente a presença da mãe mesmo após morte, pois a lembrança de uma mãe morta é de vida. O amor entre mãe e filho é construído nessa ligação de dependência e renúncia - a maternidade transforma o mundo e o corpo de uma mulher, tem um “antes” e um eterno “depois”. Quem não tem a capacidade de se renunciar, não deveria ter filhos.
Há quem defenda que o ser humano, inconscientemente, alimenta o desejo de retorno ao ventre materno na busca por um renascimento, pois a ideia de mãe está intrinsecamente ligada àquela que é fonte de vida, que ampara, sustenta, acompanha, alimenta e dá aconchego.
A expressão ”filho de chocadeira” refere-se ao individuo que não passou por todo esse processo de formação, tão necessário ao pleno desenvolvimento da personalidade humana, carregada de sentimentos, construídos nessa relação mãe e filho. Assim, passou-se a identificar o individuo sem sentimentos.
Quem vê a maternidade como um direito da mulher, sem aceitá-la como merecedora de proteção especial e diferenciada, vendo esses direitos como um privilégio concedido às mulheres, não entendeu ainda que a maternidade é um direito da humanidade e não da mulher em si, pois pode até existir filhos sem mães, mas não passarão de “filhos de chocadeiras”.
Nota da autora: O texto foi produzido num contexto especifico de discussões sobre os direitos das mulheres. Ressalto que respeito o direito dos pais que, mesmo sem ter gestado, desempenham um importante papel na vida de seus filhos, suprindo os com o amor necessário para o desenvolvimento de uma personalidade saudável. A imagem é minha demonstração de repúdio ao uso de algemas durante o trabalho de parto, enquanto que a lei não permite se algemar políticos corruptos.
Parece ter escolhido o processo mais complicado, pois o ser humano é altamente dependente; há uma gestação longa – nove meses-, passa-se por um período de amamentação prolongada, dependendo da cultura dura anos, e nos primeiros anos de vida, precisa-se aprender a falar e a andar. Mas, não termina por aí, pois pelo resto da vida o “cordão umbilical” não se parte entre mãe e filho.
A maternidade não se resume a “parir”, mas em acompanhar o filho pelo resto da vida e, há ainda, quem sustente a presença da mãe mesmo após morte, pois a lembrança de uma mãe morta é de vida. O amor entre mãe e filho é construído nessa ligação de dependência e renúncia - a maternidade transforma o mundo e o corpo de uma mulher, tem um “antes” e um eterno “depois”. Quem não tem a capacidade de se renunciar, não deveria ter filhos.
Há quem defenda que o ser humano, inconscientemente, alimenta o desejo de retorno ao ventre materno na busca por um renascimento, pois a ideia de mãe está intrinsecamente ligada àquela que é fonte de vida, que ampara, sustenta, acompanha, alimenta e dá aconchego.
A expressão ”filho de chocadeira” refere-se ao individuo que não passou por todo esse processo de formação, tão necessário ao pleno desenvolvimento da personalidade humana, carregada de sentimentos, construídos nessa relação mãe e filho. Assim, passou-se a identificar o individuo sem sentimentos.
Quem vê a maternidade como um direito da mulher, sem aceitá-la como merecedora de proteção especial e diferenciada, vendo esses direitos como um privilégio concedido às mulheres, não entendeu ainda que a maternidade é um direito da humanidade e não da mulher em si, pois pode até existir filhos sem mães, mas não passarão de “filhos de chocadeiras”.
Nota da autora: O texto foi produzido num contexto especifico de discussões sobre os direitos das mulheres. Ressalto que respeito o direito dos pais que, mesmo sem ter gestado, desempenham um importante papel na vida de seus filhos, suprindo os com o amor necessário para o desenvolvimento de uma personalidade saudável. A imagem é minha demonstração de repúdio ao uso de algemas durante o trabalho de parto, enquanto que a lei não permite se algemar políticos corruptos.