O Despertar da Poetisa
O meu despertar para a poesia...
Aconteceu num momento doloroso,
Vivenciei uma incrível experiência,
Passei pelo fogo da desilusão, solidão, rejeição e medo, que sangrou minha alma
Que doeu até o âmago
Revirando-me do avesso
Doeu tanto...
No desatino comecei a escrever o que não pude falar olho no olho,
Então em forma de mensagens abri meu coração...
Quanto mais escrevia, mas tinha algo a falar, foram dias intermináveis.
E foi com a emoção à flor da pele que escrevia, escrevia , apagava... deletava.
E assim a escrita foi tomando forma não era só um desabafo tinha algo mágico nas palavras, elas ganharam beleza, às vezes rimas misturadas com lágrimas e a dor da desilusão...
Foi intenso sentimento, cheio de contradição.
Até entender que foi através desse sentimento que aflorou a poesia.
A poetisa foi despertada do sono da rosa.
O desabrochar, e me agarrei como se fosse uma bóia salva-vidas
Num mar revolto.
Fui salva!
E esse nó que isolava-me da poesia
Desatou.
Foi como arrancar uma mordaça
A palavra se fez voz
Abrindo-se uma janela
Para um dia lindo de céu azul e sol
Encontrei no perdão e na oração
A minha paz
A poesia chegou como um bebê:
Delicado
Inseguro
Frágil
Precisando de cuidados
Pra crescer forte
E mostrar a que veio ao mundo.
Sua missão...!
A missão de levar a esperança, alegria e o encantamento pela vida.
Tocar o coração das pessoas!
A poesia para mim age como bálsamo.
Recomeçar!
Desbravar um novo rumo.
Deixando para trás a solidão e o sofrimento.
Que machucou tanto o coração.
Mas foi essencial para o desabrochar da flor poética que morava em mim.
Transformei toda dor e desilusão em poesias.
Assim resgatei a minha alma, libertando-me e constatei que nada é por acaso.
Tudo tem um porquê de ser.
E que no nosso momento pior, o melhor pode acontecer.
" A flor quando macerada libera mais perfume".
By Claudia Florindo Corrêa
10/10/17