Sonhei com JS.

À frente vejo a singela, em madeira, casa amarela. Porta aberta adentro ao humilde amarelo interior. Mobília pouca e de parco valor. Simplória morada.

Fito o olhar num profundo à minha frente maior do que fosse possível o caber em exíguo espaço. Ao fundo bem vejo duas mulheres de cabelos negros, jovem uma outra não. Fixo os olhos que me fitam, estáticos em inexpressivos rostos.

Chama a atenção à direita do que me coloco, pequena janela um e vinte por um e vinte, em pequeno banco sentado JS com mesinha à frente, nem sendo escrivaninha, a escrever, em mecânica antiga máquina,textos do imaginário.

Pela janelinha avisto também modesta vizinha casa e na janela, duas mulheres de cabelos negros, não jovens, olhos em rostos estáticos que fitam os meus.

Fixo o olhar em JS a observá-lo no detalhe; óculos, camisa, calça e suspensório, cabelos levemente crespos de claro castanho.

Vez por outra os dedos interrompem os toques que imprimem o pensar e JS ergue os olhos para as mulheres da vizinha janela, olhar viajante, como a ler-lhes as almas ou, talvez, a enxergá-las com alma.

Penso! Assim nascem os versos e poesias; eis o mistério. Poder sentir com a alma percebendo almas.

Percebo-me! Em sonho enxergo com a alma outras almas, conhecidas JS ou não, mas almas.

Ao que pode parecer-lhe simples mero texto que escrevo, pôs-me a pensar do simbolismo a mensagem tal visão que acolhi no dormitar.

fabio fernandes
Enviado por fabio fernandes em 12/05/2018
Código do texto: T6334090
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