VIVER CEM ANOS
Tem gente que gostaria de viver além dos cem anos, desde que não sofresse, é claro, de nenhuma patologia grave, como a hipertensão, o diabetes, a doença de Alzheimer, ser acometido por um AVC, ter incontinência urinária, intestinal e outras doenças debilitantes. Tirando isso, dizem que viveriam até mais, pois apesar da idade avançada, desfrutariam de uma vida feliz, mesmo que vivessem com certas limitações físicas, principalmente na área sexual. Mas que ainda assim saberiam administrar esse “pequeno” inconveniente através do desfrute de outros prazeres (?!?!?)
Até pode ser, mas ainda que chegue nessa idade com a mente lúcida, as pernas firmes, os intestinos e a bexiga funcionando normalmente, nada mais vai chegar nem perto da época que tinha os seus sessenta e poucos anos, pois a partir daí a energia vai diminuir, a visão e a audição enfraquecer e o aspecto físico se deteriorar progressivamente, até ficar parecido com um maracujá de gaveta.
Por isso, acho que mesmo gozando de plena saúde, a pessoa vai se sentir deslocada no meio das outras mais jovens e mesmo as maduras, como se fosse um animal raro a ser visto somente em zoológico, pois teria ultrapassado a perspectiva de vida do ser humano, e, por isso, seria olhado com curiosidade e até receio de se tocar, com medo de provocar um desastre. Sim, pois um simples aperto de mão, ou uma leve batidinhas nos ombros pode ocasionar o desmanche do seu esqueleto em incontáveis pedaços. Depois para saber qual osso encaixa aonde, vai ser complicado. Pior, se sobrar algum, vai precisar empurrar para debaixo do tapete.
Agora falando sério: o cientista mais velho da Austrália, David Goodall, de 104 anos, foi demitido da universidade em que trabalhava devido a sua idade, e pelo motivo dos seus colegas acreditarem que, nessa altura da vida, os seus miolos talvez estivessem mofados e bolorentos, mesmo que não sofresse de nenhuma doença terminal. O fato fez que entrasse em depressão, a ponto de ter procurado uma organização de assistência à eutanásia, por não se sentir feliz ao ser impedido de trabalhar, e desejar cometer um suicídio assistido, que é ilegal na maioria dos países. E agora?
Mesmo alcançando a longevidade, a gente se transforma num transtorno porque nos olham com desconfiança em relação a utilidade de nossa permanência num mundo tão competitivo.
Meu perfil no Face Book
https://www.facebook.com/roberto.fraga.372
Tem gente que gostaria de viver além dos cem anos, desde que não sofresse, é claro, de nenhuma patologia grave, como a hipertensão, o diabetes, a doença de Alzheimer, ser acometido por um AVC, ter incontinência urinária, intestinal e outras doenças debilitantes. Tirando isso, dizem que viveriam até mais, pois apesar da idade avançada, desfrutariam de uma vida feliz, mesmo que vivessem com certas limitações físicas, principalmente na área sexual. Mas que ainda assim saberiam administrar esse “pequeno” inconveniente através do desfrute de outros prazeres (?!?!?)
Até pode ser, mas ainda que chegue nessa idade com a mente lúcida, as pernas firmes, os intestinos e a bexiga funcionando normalmente, nada mais vai chegar nem perto da época que tinha os seus sessenta e poucos anos, pois a partir daí a energia vai diminuir, a visão e a audição enfraquecer e o aspecto físico se deteriorar progressivamente, até ficar parecido com um maracujá de gaveta.
Por isso, acho que mesmo gozando de plena saúde, a pessoa vai se sentir deslocada no meio das outras mais jovens e mesmo as maduras, como se fosse um animal raro a ser visto somente em zoológico, pois teria ultrapassado a perspectiva de vida do ser humano, e, por isso, seria olhado com curiosidade e até receio de se tocar, com medo de provocar um desastre. Sim, pois um simples aperto de mão, ou uma leve batidinhas nos ombros pode ocasionar o desmanche do seu esqueleto em incontáveis pedaços. Depois para saber qual osso encaixa aonde, vai ser complicado. Pior, se sobrar algum, vai precisar empurrar para debaixo do tapete.
Agora falando sério: o cientista mais velho da Austrália, David Goodall, de 104 anos, foi demitido da universidade em que trabalhava devido a sua idade, e pelo motivo dos seus colegas acreditarem que, nessa altura da vida, os seus miolos talvez estivessem mofados e bolorentos, mesmo que não sofresse de nenhuma doença terminal. O fato fez que entrasse em depressão, a ponto de ter procurado uma organização de assistência à eutanásia, por não se sentir feliz ao ser impedido de trabalhar, e desejar cometer um suicídio assistido, que é ilegal na maioria dos países. E agora?
Mesmo alcançando a longevidade, a gente se transforma num transtorno porque nos olham com desconfiança em relação a utilidade de nossa permanência num mundo tão competitivo.
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