Mãe II
Para início de conversa, mãe é uma pessoa normal e sem poderes mágicos. Não tem fórmula resolutiva, receita funcional ou tabela conceitual. E se parecer, deve ser o esforço sobre-humano que a mãe faz para driblar o destino.
Isso porque, não é fácil criar os filhos nas condições atuais, onde o formato familiar só tem a mãe como provedora do lar. Em vários lares brasileiros esta é a realidade nua e crua. Não é modismo ou reprodução independente, seria sofismo tal afirmação.
Mas fruto de uma sociedade fragmentada. Ser mãe neste contexto exige um cuidado redobrado, digo isto, porque ela não dispõe daquele famoso tempo interacional com seu filho, senão o estômago reclama.
O que poderá sinalizar na posteridade problemas psicossociais. Nada vem de graça, e se não existe almoço grátis, as mães vão comprá -lo. Muitas vezes, o filho de modo equivocado ou mal explicado, pensa que a mãe tem uma fábrica de tudo.
E que algumas coisas poderão ser consertadas.
Quem dera! Ninguém entende o sacrifício que ela faz e quão é pesado a sua cruz. As dores que suporta para arrancar dos lábios do seu filho um sorriso. E o que mais deseja é a felicidade dele. Mãe é doação, devoção, compaixão e anulação, e tudo o que ela tem chama-se coragem.