Escravos.Os Velhos e os novos

Escravos!

Hoje nesta civilízaçao avançada,os escravos são outros. Têm outra cor,outras regalias,mas continuam a ser escravos.

São escravos vivendo em elegantíssimos escritórios, não têm o capataz negreiro,o tronco o chicote.Quem manda,quem os escraviza,não conhecem.Conhecem apenas aquela tela que lhes dá ordem.Por obra e graça de um misero papelinho, são escravos de uma máquina infernal que os domina os controla.Alguns,gente? que se crê iluminada todo controla. Continuam escravos.

Recebem ordens. Fixam-lhe objectivos. Deixam de ter tempo para a família,para os filhos.

O tempo mal chega para os novos senhores de escravos que ninguém vê mas existem.

Os velhos escravos á noite faziam ouvir os seus nostálgicos cantos.E quando a Sanzala dormia,corvos negros esvoaçavam vigiavam perseguiam torturavam.

Hoje os novos escravos não têm Horário.Não têm tempo.nem chegada nem saída.

Mas seus donos,vivem no luxo.Ninguém sabe quem são.Os corredores do poder,são a sua senzala. os cadeirões do poder,o seu tronco.A caneta de ouro,a sua chibata.

Muito mais haveria para dizer destes novos escravos e seus senhores.Mas por aqui fico!

Razão tinha, CASTRO ALVES. POETA DOS ESCRAVOS..

A RUA É DO POVO COMO O CÉU É DO CONDOR.O condor continua a ser livre,os escravos de hoje continua a ser escravos,existindo, pensando que vivem. Continuando a ser escravos.

Quo Vadis
Enviado por Quo Vadis em 10/05/2018
Reeditado em 15/05/2018
Código do texto: T6332264
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