MOINHO CURITIBANO... 16h24min. (Reminiscências).
Eventualmente, quando vamos ao “nosso” banco, o antigo Banestado, que agora pertence ao Itaú, passamos de frente a este imponente prédio, que é destaque a este bairro, e que hoje está à venda há vários anos. Ali começou em 1949 o Moinho Curitibano, que no auge de suas atividades; *“25 toneladas de cereal era moida por dia, na área de 7.000 m2. Construída na época pelo empresário Pedro Nicolau”...
Hoje, somente há lembranças do que ali trabalharam, durante mais de 50 anos resistiu a marcas do tempo, exatamente às 6 horas da manhã, havia o apito estridente que indicava que um novo dia de trabalho iria começar...
O complexo industrial tinha vários prédios, e a área do terreno é de 13 metros 2, mas, após muitos anos ainda não apareceu um comprador, está praticamente abandonado, vivendo dos “fantasmas” e das lembranças dos que ali prestaram o seu labor...
Coincidentemente, quando tínhamos 13 anos, conseguimos uma autorização do Juizado de Menores, para trabalhar, e o local indicado seria o Moinho Curitibano, fato que realmente jamais acabou acontecendo; passamos por mais ou menos três empregos, sem qualquer vinculo empregatício, foi quando finalmente ao completarmos 17 anos, nosso tio, hoje de saudosa memória, conversando com o gerente da agência do Banco Itaú, conseguiu o nosso primeiro emprego, - de carteira assinada – que durou tão somente oito anos...
... Sempre tivemos dificuldade no aprendizado das primeiras letras, somos de um tempo que as crianças somente iriam para o primeiro ano escolar quando completassem 7 anos, foi o nosso caso, repetimos o primeiro ano, (1949) no ano seguinte, fomos aprovados, na nossa frente está a “prova”, é uma singela pasta, confeccionada pela saudosa professora, - com certeza – Luiza E. de Lacerda Fernandes...
Do segundo para o terceiro ano, quando novamente repetimos duas vezes, por uma série de fatores, resolvemos com 13 anos ir trabalhar, os estudos foram recomeçados bem mais tarde, - 1958 – Escola Comercial do Instituto “OLAVO BILAC” , cujo o Diretor e também Dr. Agenor Salgado, no final do terceiro ano, tivemos interromper novamente, para prestar serviço militar, na cidade do Rio de Janeiro, na Polícia do Exercito...
Lembranças quem não a têm? Umas podem ser boas, outras nem tanto; com certeza tudo faz parte de nossas vidas, que não deixa de ser um eterno aprendizado... * Números e nomes Gazeta do Povo. 17h05min.
Curitiba, 09 de maio de 2018 – Reflexões do Cotidiano – Saul
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