FESTEJAR SEMPRE AS LIBERDADES.

Vi com detalhes o desembarque na França, sua história, acontecia o cinquentenário do desembarque, o “D DAY”. Precisava compreender como eles desembarcaram essa multidão em tão pouco tempo, quase três milhões de soldados, e fiquei estarrecido. Sempre fustigou meu pensamento. Só de corpo presente se entende.

Se aproxima mais uma data do desembarque, mais uma efeméride da festa da conquista das liberdades do mundo livre que o embotamento ainda tropeça para perceber. Sempre que posso faço ufania dessa inqualificável conquista como mérito, reconduzindo os grandes avanços que o patológico nazismo quis sufocar. Outras doenças da mesma etiologia, felizmente reduzidíssimas, ainda estertoram em apertadas pocilgas.

Oficialmente, nominou-se Operação Overlord, deflagrada com o desembarque dos aliados nas praias da região da Normandia, França, em 6 de junho de 1944, conhecido como “Dia D”.

Permaneci alguns dias na região, vasculhei tudo, vi a matança nas cinco frentes, está nos originais (filmes filtrados e perfeitos, feitos pelas tropas americanas) em museu em Caen, MEMORIAL DA PAZ, onde se vê os caças pendurados.

Caen é a capital da Normandia, foi toda destruída por bombardeio, permanecem hoje na Igreja local, Catedral suntuosa, (é uma grande cidade) os tiros em suas paredes externas das execuções verificadas. Restam intactos como memorização da estupidez.

A frente de Omaha (eram cinco, Utah,Omaha,Gold,Juno, Sword) teve a maior baixa no desembarque, você vê nos filmes os garotos morrendo como mosquitos pelos soldados alemães dos "bunkers" atirando a quem chegava nas praias. Os rangers, paraquedistas famosos, caindo por trás dos "bunkers" conseguiram neutralizar essa resistência.

Vinte divisões americanas, quatorze inglesas, três canadenses, uma polonesa e uma francesa. Mais de quatro mil navios de desembarque e três mil navios de guerra com dois milhões e novecentos mil homens aproximados nesse formidável contingente, apoiados por oito mil aviões. Portanto, mais de quatro mil navios de desembarque e três mil navios de guerra.

São essas forças que fazem mobilizar as vontades quando está em risco a liberdade, e o embotamento de amebas até hoje não entende.

A gota perdida até hoje no mar das liberdades, sobrevive para ser massacrada sempre que mostrar os dentes.

São incontáveis histórias, em um povoado próximo, Ste-Mère-Eglise, pequena cidade, Village, onde um ranger, paraquedista (parachute em francês), caiu na ponta de uma agulha de pequenina igreja local onde os alemães ainda estavam, vinte kilometros para dentro do litoral, e ficou pendurado se fingindo de morto, está até hoje representado o fato.

Pela manhã com os alemães já em retirada gritava e os moradores locais de lá o tiraram, e lá está pendurado hoje um boneco como se fosse o paraquedista.

São muitas histórias, nos filmes do museu, um moderníssimo cinema como da Disney, você chora vendo as cenas de matança. Os cemitérios da região são cobertos de cruzes brancas em linha, centenas, em triste e expressiva visão.

Devemos àqueles meninos nossa liberdade. Um lugar que deve ser visitado por todos os motivos e para entender o desembarque, seu gigantismo e o heroísmo que o cerca.

As pontes de dois mil metros, algumas ainda no mar, rebocadas a partir da Inglaterra, para depois do desembarque levar para terra a sustentação, tanques, canhões, provisões, etc, faz compreender essa monumental estratégia. Passou a ficar claro para mim a história que conhecia de livros.

As grandes cabeças estrategistas, foram Churchil e Eisenhower, este Chefe Supremo do Desembarque.

Churchil a quem o mundo livre muito deve, e ainda assim, vi recentemente um desfavorecido de neurônios, sempre as anãs cabeças ligadas à cassação das liberdades, falar que Churchil era o terrorista que mandou bombardear Dresden. Nada sabe sobre guerra e suas surpresas estratégicas, lamentavelmente necessárias, nem conhece a devastação de cidades francesas como a linda Caen, absolutamente destruída, matando incontáveis civis.

Local de muito turismo a Normandia, pleno de surpresas e histórias, terra do excelente queijo camembert. Região de muitas praias e cidades de veraneio e também do Mont Saint Michael, São Miguel Arcanjo, famoso em todos os sentidos, próxima à cidade de Saint Malô, uma pérola.

Importante sempre festejar liberdades, um preito a quem as garantiu.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 09/05/2018
Reeditado em 10/05/2018
Código do texto: T6331504
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