ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE. TUDO PELO PODER. ACABOU A FARRA.
A preocupação com o futuro rodopia na vidência de todos nós, precária como vidência, difícil de exercer por ser ficta, contornada por possibilidades vazadas em todas as perspectivas, ancoradas na suposição intimidada por temor de eventuais surpresas.
É a labirintite originária em todas as ascendências e descendências vividas na submersão e subtração dos direitos constitucionais nunca realizados. Com sorte, alguns, por dons e orientações educacionais obtidas, afastaram a total supressão de valores proliferada como bactérias, e sobreviveram.
Não interessam ideias cursadas por todas essas existências que foram ou são, antecedentes ou consequentes, mais ou menos razoáveis. Maiores ou menores em salvaguardas postas, desde que não inibissem o maior bem dos homens, a liberdade, são e foram aceitáveis.
Mesmo os que submetem seus pensamentos às doutrinas onde a plena liberdade se ausenta, de forma cabal como alguns gostam de enfatizar, mas não enxergam, desconhecem o gosto de sua perda em presencialidade. Não viveram essa barra forte. Bastaria vivê-la que a digestão seria expulsa em engulhos.
É fácil viver um céu à distância, ideologia caricata, como religião, não factual, mas se e quando próximo desse olimpo, as labaredas do inferno iniciassem o alcance do purgatório desconhecido pelo corpo e pela alma, a postura seria diversa. Ninguém se aproxima do chicote se o látego está distante.
Está diante de nós a história a contar, claramente, a crueldade do verdugo que de alguma forma encarcera sem culpa. A inspirada e verberada dignidade como sustentação de igualdades, se ajoelharia em permanente genuflexo, cedendo ao reconhecimento de seu maior bem, a liberdade, se pudesse então a ela retornar, patamar dos deuses, habitação das realidades maiores, as liberdades todas.
Seriam capazes, conhecido o inferno da liberdade ausente, de oferecerem a própria vida para de novo abraçá-la.
Desimportam situações espaciais de vertentes nas ideologias e nomenclaturas plurais, se essa ou aquela estão em zênite ou nadir. Interessam liberdade, entrega, sinceridade, verdade, doação pessoal de um ou uns para todos, da parte para o coletivo.
O centro dessa psicopatia de “tudo pelo Poder”, é o Poder e seu elastério, que favorece ao pessoal e discrimina o coletivo. Possuí-lo e nele se investir e manter é a meta. A TODO PREÇO, SEJA QUAL FOR O PREÇO. SEJA QUAL FOR A LINHA DE ZÊNITE A NADIR.
Tudo isso assusta, mas há agora uma baliza forte.
Afastadas as idolatrias sempre imaginosas, longe das realidades por santificação sem santidade de ídolos, resulta impossível hoje ouvir e colher posições nos meios mais simples, onde a representação é mais favorável à captação de voto, sem que se ouça: “quero quem não seja corrupto, quero uma pessoa honesta, quero uma pessoa verdadeira que não me engane mais como sempre fui enganado. Não quero mentirosos, cínicos e enganadores.” Pergunte ao jornaleiro, ao prestador de serviços mais humilde, até a analfabetos, os que até então eram facilmente enganados.
A CORRUPÇÃO AFLORADA PELA "LAVAJATO", O CONHECIDO "ESQUEMA" DA ROUBALHEIRA, NÃO MAIS ESTÁ SOB VÉUS.
Esse será o parâmetro da futura eleição. Sem biografia limpa será difícil continuar nessa saga de mentiras. A “ficha limpa” mudou os rumos do Brasil. A “lavajato” autenticou, mostrando ser tudo uma coisa só, os que os informados não desconheciam.
No momento, Alkmin se entende com Temer para formarem frente de forma a comporem uma “força de centro”. Por quê? Não querem perder o Poder, MAS PERDERÃO.
Estavam assustados com Joaquim Barbosa no segundo turno, que poderia dessa fase eleitoral afastá-los. Hoje o susto passou, o eventual candidato Joaquim põe ponto final às especulações. Ainda bem. Se vence, nos enfrentamentos que existirão necessariamente no Congresso, poderia ser um novo Jânio Quadros.
Com o freio da corrupção a barrar vontades, começa a ficar clara a cena desenhada e o enredo possível. Abrem-se as cortinas para quem assiste a peça com olhos de ver.
A biografia fará subir a tal rampa quem a tenha mais limpa, não importam bordões.