TEMPERAMENTO JAPONÊS

Prestes a ocupar o Japão, o governo americano pediu a antropóloga Ruth Benedict que procedesse estudo dos costumes para facilitar a convivência entre os militares e a população. O resultado foi o livro Crisântemo e a Espada, publicado até no Brasil, pela Perspectiva.

O que mais lhe chamou a atenção foi o ON GAESHI que cada japonês tem enraizado em sua personalidade, ou seja, o dever de retribuir um favor, pagar de alguma maneira o seu benfeitor. Devido a esse espírito, a ocupação foi pacífica. O povo japonês grato pelo respeito que os americanos trataram a Família Imperial, empenharam-se na reconstrução do país destruído pela guerra. Teve problemas? Inúmeros. Como as centenas de crianças mestiças do relacionamento entre os soldados e as japonesas. Recusadas pelas mães e pela sociedade, lotavam os orfanatos até que uma entidade repatriaram-nas e encaminharam para adoção pelas famílias americanas.

Aqui no Brasil, ao receber visita que traz algum mimo é também costume retribuir, mesmo que seja com uma caixa de fósforo. Ou nos velórios , se a importância recebida exceder as despesas, recomendável fazer doação às entidades associativas, templos. Nesse caso é chamado de KODEN GAESHI. Um tesoureiro de uma associação sempre dizia se cinco patrícios falecerem no mês, não teria problemas com o caixa.

O médico Lair Ribeiro lançou em segunda edição, o livro Cérebro Japonês. Nele tece comentários a respeito de como o uso do ideograma desenvolve essa importante parte do corpo humano.

Yoshikuni
Enviado por Yoshikuni em 06/05/2018
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