...E Lá Se Foi Gasparetto...


 



Conheci Gasparetto há muitos anos, no programa Fantástico. Eu, ainda criança, olhava estupefata aquele jovem bonito que pintava, de olhos totalmente fechados, quadros assinados por pintores famosos... que já tinham morrido há séculos. Como era possível, eu me perguntava, reproduzir exatamente o estilo dos autores, e de olhos fechados o tempo todo? Aquilo era, no mínimo, surpreendente! Se eram fraudes ou não, pelo menos dava para perceber o talento gritante do próprio médium. 



Filho de Zíbia Gasparetto, também médium e escritora, Luiz Gasparetto  escreveu mais de trinta livros, e li alguns deles. Também assistia ao seu programa na Rede TV, e à várias entrevistas e palestras no Youtube. Não me interessa se ele era realmente médium ou não. O que me interessa, foi a maneira como as coisas que ele disse me tocaram e me abriram os olhos para muitas coisas, me ajudando a ser quem eu sou hoje, e não aquele espectro de criatura apagada que eu era. E assim como ele me ajudou, também ajudou muita gente a melhorar.




Gasparetto não era adepto de eufemismos; ele dizia 'na lata' o que pensava, e nem sempre agradava todo mundo. As pessoas que iam ao seu programa buscar ajuda eram obrigadas a sair de dentro de suas cascas e derrubar suas máscaras de coitadinhas ao vivo e à cores. Algumas ficavam visivelmente constrangidas, mas nunca vi uma delas dizer que ele estava errado. Através do seu estilo direto e rascante, Gasparetto angariou admiradores e haters no mundo inteiro.



Não sigo religiões, e não posso dizer que sou espírita se não sigo a doutrina espírita, e nem me importa se Gasparetto era mesmo médium ou uma fraude, como alguns gostam de afirmar. Me importam o seu lado humano e sua capacidade de compreender e aconselhar, guiar e instruir. Através dele, aprendi a reconhecer as limitações que os outros me impunham, e que eu, por medo ou comodidade, aceitava e me vitimizava. Ele me ajudou a enxergar a mim mesma.

Abaixo, alguns pensamentos dele. Minha homenagem.





"Solidão é a distância 
que o separa de você mesmo
e não a distância 
que o separa dos outros."



Tudo tem começo e meio. O fim só existe para quem não percebe o recomeço.



Enfrentar preconceitos é o preço que se paga por ser diferente.




A vida não mima.




Quem assume sua verdade age de acordo com os valores da vida, mesmo enfrentando o preconceito e pagando o preço de ser diferente, passa credibilidade, obtem respeito e se realiza.





 
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 04/05/2018
Reeditado em 04/05/2018
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