Sobre os limites do amar

Estava cá comigo a pensar sobre o amor, relacionamentos e o relacionar-se com o outro, a idiossincrasia desta valsa dissonante. Encontrar a harmonia correta é sempre o grande desafio, nem sempre fácil, nem sempre difícil, não há fórmulas, talvez apenas uma grande loteria da vida.

Enquanto vamos vivendo, experimentando, sentindo, somamos experiências boas e ruins, aprendemos ou não, optamos pelo que ceder e quando abrir mão de tudo, para não abrirmos mão de quem somos.

A lembrança de um sorriso já distante, no tempo, no espaço, se perdendo da memória, tudo, por vezes, nos remete aos erros precedentes...

Toda relação tem aquele momento em que nos perguntamos, nem sempre conscientemente, o que estamos fazendo afinal? A resposta será resultado daquilo que já vivemos, sejam as boas lembranças, sejam as más. Somamos as lembranças, o momento, os estereótipos e opiniões, para chegarmos a ação adequada.

Mas haverá mesmo o "adequado" qndo se trata de viver algo com alguém? A individualidade já é algo difícil, esperar pelo adequado em uma relação com o outro é surreal.

Mas seguimos a vida assim, supondo, medindo, calculando... Sem de fato observar, sem contemplar o que há de belo nas experiências que estão ao nosso alcance. Seguimos correndo atrás do ideal...

Mas o que há de ideal no amor?

Não se pode viver de arrependimentos, de "será?", de experiências não vividas, precisamos tocar a vida em frente e saber que aqueles erros foram, acima de tudo, aprendizado.

Abrir o coração para que as experiências, mesmo as ruins (e talvez estas ainda mais), não nos tornem algo diferente daquilo que sempre fomos, é transformar os erros em aprendizado. Poder viver uma vida leve é saber que erramos, mas continuamos, sabendo q a estrada ainda está lá, por vezes será bela, por vezes mal cuidada e feia, mas está lá para ser percorrida... Observada.

Talvez o limite do amar seja apenas o limite do nosso olhar...

.

.

.

um abraço!