AS LINHAS E OS PONTOS
Tudo começa num PONTO, por isso, geralmente o chamamos de ponto de partida. Mas o ponto subentende a ideia de coisa parada, estática, até quando escrevemos, ou lemos um texto, o ponto nos remete a uma pausa. Porém o ponto é algo carregado de uma energia que a qualquer momento explodirá gerando setas em todas direções. Escolhamos uma delas (como ponto de partida) e já imaginamos uma reta, uma linha de chegada em algum lugar (objetivo?), que pode ser algo, alguém ou aonde.
Em termos ideais, entre as linhas, a reta teria que ser a preferida, o caminho mais curto, se possível sem que se “pise fora da linha”, expressão que se entende como fazer algo errado. Partindo deste “ponto” a reta simboliza o certo, gerando termos afins com “retidão”, o que nos leva a crer que o que é direito é o que é direto.
Por outro lado, as linhas curvas são as preferidas dos homens quando o assunto são as mulheres, e trazem sempre consigo a ideia de perigo, o perigo de que a sedução nos leve a uma situação não desejada.
Já nas estradas existe sempre o perigo real de um acidente, provocado por quem? Pelas perigosas curvas que existem lá.
Niemeyer sempre deu grande ênfase a elas (as linhas curvas) em seus mais avançados projetos de arquitetura porque, segundo ele, são as que melhor representam as linhas do nosso relevo e os meandros dos nossos rios.
Só para finalizar gostaria de dizer que, na minha opinião, a vida sem algum risco seria muito monótona. Em matéria de linhas, fico com as duas e PONTO FINAL.