Gorjeta
Estamos diante de um fato social patológico, a corrupção. Inúmeros poderosos empresários estão a fornecer delações tão espontâneas quão os aportes dados aos representantes nossos no governo. Sem nenhuma vergonha são expostos diante da justiça a entregar nomes e valores que para a população chegam a ser considerados absurdos. Este fato nunca foi novidade para ninguém, a corrupção está entranhada no ser humano, salvo aqueles que por questões morais escolhem a opção de não colaborar com a proliferação da doença e buscam a integridade como filosofia de vida.
Então vamos fazer uma reflexão e uma conta dos valores que nos levam a pensar sobre o montante de dinheiro arrecadado pelos extorquistas da nação: No baixo nível de corrompimento, um passageiro de um ônibus aceita pagar apenas vinte por cento do valor da passagem ao pular a roleta e o funcionário da viação recebe a propina para beneficiar aquele que teve a vantagem de oitenta por cento do valor do bilhete.
Este proveito é muito maior para os que pagam a propina, pois seus benefícios serão vezes maiores com o que foi gasto. No alto nível, somado a quantidade de chances dadas aos personagens da falcatrua multiplicada pelo número de simpatizantes empreiteiros versos os milhões declarados na mídia, teremos ultrapassada a casa dos bilhões.
É necessário que entendamos a situação real do fato a saber que todos os acusados devem pagar pelo crime e os preciosos alcaguetes devem devolver todo o montante do capital adquirido ilicitamente, que haja transparência nas investigações sobre os benefícios recebidos do governo. A porcentagem maior ficou para os caras de pau que aparecem na tela ludibriando o povo a vestir uma figura hipócrita de arrependimento alimentada pela organização que poderá comer do seu próprio veneno.
A medida da corrupção é como o armazenamento dos bytes, começou com kilo e chegou-se ao peta, numa velocidade gradativa como a dos ladrões que expandiram suas contas em volumes redundantes administrados por consultores "Home Office".