REFLEXIVIDADE COLETIVA E HUMANITÁRIA
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Quinta-feira, 3 de Maio de 2018
Apesar de em momento algum efetuar um levantamento nas propriedades que mais desenvolvo nesse espaço, tenho para mim que o fator reflexividade seja o mais destacado de todos. Porque vivo sempre imaginando que a humanidade um dia, num futuro próximo, possa observar certas coisas, a ponto de eliminar, se não totalmente, uma grande parte das mazelas que perpetra contra si mesma.
Num dos textos que ocupam esse espaço de dissertações diversas, lembro-me muito bem de ter falado a respeito dos ensinamentos que Jesus Cristo deixou para a humanidade. E é necessário dizer que não tenho e nem sigo nenhuma religião. Bem como a lição do que chamam de "mestre", não chega a corroborar com o aspecto religioso das pessoas, mas sim com o respeito de um por todos e todos por um.
Sobrevivência indígena
O importante é não voltar-se para a individualidade. A preocupação tem que ser com o conjunto ou com o todo. Porque não haverá equilíbrio onde não houver justiça, ou justeza, como queiram. Mesmo que se saiba que as performances individuais são diferentes entre todos. Uns com mais predicados e outros com menos. E aí é que se faz necessário a ajustagem coletiva.
Infelizmente o mundo está caminhando para uma distorção enorme, ilimitada e até indecente, porque há poucos com muitos e muitos com pouco. E isso gera a tal da desigualdade social e coletiva. Daí descambando para que alguns enveredem para o mal, perpetrando ações nefastas e fatídicas contra a própria humanidade. Eis a questão.
É quase certo que existem no planeta alguns lugares onde se vive de uma forma quase perto daquilo a que se precisa. Mas são oásis raros e isolados. Em geral a ambição e a cobiça fazem com que haja essas e tantas distorções entre os povos. E isso se pode verificar e constatar nas maiores nações mundiais, onde, apesar de apresentarem imagens de felicidade, também possuem sérias situações de distorções humanitárias.
Engraçado, se é que se pode considerar assim, é ver diferenças, por exemplo, entre os urbanos e os indígenas. Onde estes são até discriminados pelos primeiros, mas que não são observadas certas questões que implicam com o viver naturalmente, sem a necessidade da tecnologia, bem como preservando o ambiente em que vivem, protegendo a flora, a fauna e tudo o que existe ao redor deles. E até mesmo as doenças, eles estão livre das muitas que acometem aqueles que vivem de forma moderna e tecnológica.
Um outro aspecto nessa questão é com relação à posse de bens físicos. Os indígenas quase não os possuem. Vivem com o estritamente necessário para as suas manutenções existenciais, enquanto os urbanos entram em choque entre eles para disputarem as muitas aquisições que desejam e que possuem, quase sempre vivendo sobressaltados, mercês das circunstâncias das frequentes disputas em que participam.
Isto tudo são complexidades. Existenciais, absurdas e inexplicáveis. Mas quem é que reflete a respeito de tudo isso?