7 ANOS

“RECIFE, Ponte Buarque de Macedo”...14 de Março de 2018',

Nem vou começar nesse tom porque não condiz com o real.

Na verdade nem foi na Buarque de Macedo, foi uns 300m pra frente, na Rio Branco e que sinceramente, esse momento zero absoluto no cartesiano dessa história é extremamente desconhecido.

Ninguém sabe se ela começou numa discussão sobre a genialidade alheia, tema que logicamente não haveria consenso.

Também não se sabe se começou quando ela rasgou no verbo tal coração selvagem de quem tinha um bigode maior que o meu.

Há quem diga que foi num meio fio, conversando de tudo e ensaiando um efisema.

Há uma probabilidade de 50% pra cada opção evidenciando uma grande exatidão.

O fato é que em 7 anos dourados, digo 7 LONGOS ANOS, alguma coisa ficou em modo de espera. É como se cada um tivesse ido viver suas próprias experiências no intuito de ficar pronto para o que viria.

Como se cada movimento tivesse sido friamente calculado e planejado e cá estamos, como se o universo tivesse laceado as amarras e na hora de sermos jogados ao nada, essas amarras nos enroscaram como marionetes.

Tipo uma criança que descarrega o carretel da sua pipa na maior velocidade que pode, eu era a própria pipa, crente que alguém tinha me cortado à linha até que o carretel acabou e me deixou voando, parado no ponto onde queríamos, longe do chão, perto de tu e com o coração batendo como nunca.

Jailson Alves
Enviado por Jailson Alves em 02/05/2018
Reeditado em 02/05/2018
Código do texto: T6325273
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