CULTURA DA APARÊNCIA (TOINHO SAUD)
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CULTURA DA APARENCIA...(TOINHO SAUD)
"Vivemos em plena cultura da aparência:
o contrato de casamento
importa mais que o amor
o funeral vale mais do que o morto
as roupas mais do que o corpo DEUS (Eduardo Galeano)".
Esse pensamento postado por Toinho Saud (grupo ZAP MANAUS 24 HORAS) remeteu-me ao ano de 90, quando tomei a decisão de â época de fazer meu segundo curso universitário, o de Serviço Social na UFAM. Lembrei-me também da professora Terezinha Praia funcionaria aposentada do INSS, hoje, aposentada também da UFAM e morando em Fortaleza, prometeu e me presentou com a "A MEMÓRIA DO FOGO," após comentar em sala que tinha lido e gostado muito da obra dele "A VEIA ABERTA DA AMERICA LATINA", por ser excessivamente crítica in relação à realidade vivida em todos os países da América Latina, que vivia sob regime de Ditadura Militar, inclusive o Brasil. Até era “rato de bibl1ioteca: lia muito”, como se dizia a todos que tinham compulsão pelo prazeroso hábito de ler de tudo. Depois do coma, de 10 dias no Hospital Santa Julia, resultado da terceira cirurgia, em ainda me lembro bem da professora.
Era inteligente, dominava a matéria e lhe propus escrevermos um livro sobre temas de Serviço Social. Ela era esguia, elegante e educada e sabendo do que ia falar sem abrir um livro, que falaria sobre a matéria, aos alunos sobre a matéria. Idosa, aposentada de tudo, reside em outro Estado, na terra de José de Alencar, “de o bairro mais distante de Manaus”, tantos eram os amazonenses que depois de se aposentarem decidiam mudar-se “de mala e cuia”, como se dizia no passado, como me confirmou o economista, leitor, político e ex-suplente do falecido senador Jefferson Péres.
Dos livros que foram publicados, citei uma frase sobre a fome em minha obra cientifica na área do Serviço Social "A CIDADANIA COMO FATOR DE RESGATE SOCIAL", alisando os resultados alcançados pelo SEST/SENAT na recuperação de menores vulneráveis e dependentes químicos, com resultados positivos, respeitando-os em seus mundos próprios. Comentei em sala, na aula da professora Terezinha Praia e ela me disse que ao final da aula dela me daria a coleção de três livros "A MEMÓRIA DO FOGO", que tinha em casa. Em diversas e diferentes resenhas da obra “A VEIA ABERTA DA AMÉRICA LATINA”, informa que "essa é uma das grandes obras clássicas da literatura latino-americana" e recomenda-a como "leitura imperdível para aqueles que gostam, querem ou precisam entender a História da América Latina”. Prometeu e cumpriu.
Recebi emocionado o presente e os li todos três volumes - “O Nascimento”, e dois volumes sobre “As Caras e As Máscaras” da obra, narra as histórias da história da América Latina, através, da origem do fogo entre as diferentes etnias dialetos indígenas. Infelizmente, não tem data nos três volumes que recebi como presente da professora. Depois das 11 cirurgias de 2006/2009 no cérebro, coma de 10 dias, perda total de memória por 45 dias, seguidas convulsões, tudo agora estabilizado, só lembro que conclui em 95 o curso e quatro anos depois me submeti a pós em Docência de Terceiro Grau. Realizei o sonho de ser professor universitário de várias disciplinas e lembrei-me da professora Terezinha Praia, pela capacidade que tinha de dizer tudo sem abrir um livro. Lancei duas obras do curso, uma delas citada na tese de doutorado da psicóloga e assistente social Cléria Bueno, defendida na Espanha – AVES RARAS NA PROFISSÃO: O PSICÓLOGO E O ASSISTENTE SOCIAL NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL - em várias obras de outros teóricos. O livro científico mais divulgado nas universidades - “O CAMINHO NÃO PERCORRIDO – A TRAJETÓRIA DOS ASSISTENTES SOCIAIS MASCULINOS EM MANAUS” - está esgotado em 2ª Edição (EDIFAM, 2003), com o total apoio e incentivo da hoje professora doutora Iraíldes Caldas.