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                    M A I O !




Encabulado, foi se chegando numa terça feira.
Meio sem graça , apesar do azul que lhe é peculiar, se esquivando num abraço claro de céu.
Não fora a roseira à minha janela, o cinamomo semi nu no quintal vizinho e eu faria o meu desjejum sem ao menos tomar conhecimento de sua chegada.
Enfim... M a i o!
Maio das revoadas ...
Maio de aragem fria, de árvores despidas albergando pássaros itinerantes...

Maio das rosas...
[ As rosas de maio ! ]
Que são de Maria, de Luíza, de Lourdes, de todas as mães, de todas as noivas.
Maio dedilhando com suavidade a harpa do tempo.
Maio uma doce canção aguçando chamegos, promovendo aconchegos...
Maio reavivando as chamas (quase apagadas) de tantos amores.
Maio varrendo em calçadas os restos de abril, entoando ao vento as mais belas canções de outono.
Até porque... Ainda brotam marcelas à beira da estrada.
[ E marcelas são flores de abril ]
Maio: Trazendo conselhos e ternuras aos frios corações humanos.
[ Homens reflexivos , atentos, aquecidos aos conselhos de maio ]
Maio ditando a poesia da vida.
[ Homens copiando versos ]
Assim, desajeitado com este que sou, servirei café aos meus fantasmas que ,adormecidos, nem se deram conta de que ele -Maio - é agora uma doce realidade.
A rosa colhida à janela certamente lhes fará despertar para aniladas ilusões do mais poético trecho de nosso calendário.
Quem  sabe !
Joel Gomes Teixeira

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https://www.youtube.com/watch?v=QS7ly4VnXnY