TUBA - Turma da Barão
Fecho os olhos e vou buscar lá no cantinho da memória...
No final da década de 1970, anos maduros da minha juventude – parece que foi ontem, vivida na Capital de São Paulo, mais precisamente na Zona Leste, surgiram equipes de amigos com carros rebaixados, rodas de magnésio (gaúchas), pneus tala larga e acessórios tais como: toca-fitas TKR, Roadstar, amplificadores de som Tojo (não muito potentes como os de hoje), rádios PX e outros. Nesta época, os modelos mais em moda e mais em conta - os quais os jovens podiam adquirir, eram: Fusca, Brasília, Chevette e Corcel. Cada qual deixava seu carrinho um brinco.
Na região do Alto da Mooca, que abrange os bairros da Água Rasa, Belenzinho e adjacências, tinha uma equipe de fãs destes carrinhos batizada com o nome de TUBA, sigla de “Turma da Barão”, devido aos encontros deles serem na Rua Barão de Serro Largo.
O que teve início numa simples reunião entre amigos, que dali pra frente começaram a se encontrar regularmente, tornou-se uma alegre Turma, cada qual com seu carrinho incrementado – quesito obrigatório para fazer a inscrição, receber as quatro letras brancas em ‘caixa alta’ (TUBA) a serem coladas no vidro traseiro do carro e pertencer ao grupo, podendo frequentar as reuniões.
Lembro-me, também, dos barzinhos – o Pilequinho era um deles; dos bailes de garagem nos finais de semana e das casas maiores – a ‘Toco’, a ‘Status’, a ‘Ligth Society’...
Eu e meu saudoso primo Claudemir, resolvemos inscrever nossos carrinhos na equipe. Eu tinha um fusquinha branco, ano 1962 e ele tinha um Corcel verde, ano 1973. Dentre as condições exigidas para fazermos parte da equipe, três delas eram eliminatórias: ser jovem, residir nas proximidades (Região da Zona Leste) e a principal: ter o carro em boas condições de mecânica, funilaria e pintura. Se uma dessas não fosse preenchida, não participava da equipe. Fomos admitidos e recebemos nossos tão sonhados adesivos.
Certo dia, meu primo perguntou ao pai: - Pai, o senhor sabe o que quer dizer TUBA?
E ele, simpaticamente respondeu: -“Turma Unida, Bacana e Amiga”. Caímos na gargalhada pela pronta e inusitada resposta. Eu, pessoalmente, achei legal esta definição.
Conforme a Turma vai crescendo, cresce também o poder de influência, obrigando, assim, a imposição de regras mais rígidas aos novos membros. Esta evolução chega a tal ponto que, sem exagero, transforma-se em um ‘poder paralelo’ (no bom sentindo, claro) na Comunidade. Queridos e respeitados, começam a participar de atividades culturais, gincanas, campanhas sociais, entre outras.
Assim, os jovens da TUBA, em pouco tempo fazem história, tornando-se a primeira Turma do gênero na cidade de São Paulo. Outras equipes surgiram, até com nomes idênticos, mas Turma da Barão, é marca registrada da moçada da Mooca.
No dia a dia das grandes cidades - nas médias e pequenas também, só o que vemos e ouvimos hoje são jovens desvairados com seus belos e imponentes carrões, com potentes caixas de som amplificadas e vomitando músicas de gosto duvidosas, ritmos com sonoridade horrível e letras que incitam à violência, ao sexo desenfreado, apologia às drogas e ao crime. Um latente desrespeito às leis e aos direitos individuais.
Muitos anos se passaram e hoje vem à lembrança esta época tão peculiar e especial em minha vida. Reminiscências que trazem momentos que foram marcantes e deixaram uma gostosa nostalgia. Lembro-me do saudoso Ataulfo Alves, que cantava: ”Eu era feliz e não sabia”.
Oh, Tempo cruel! Leva-me de volta ao Passado!
Fecho os olhos e vou buscar lá no cantinho da memória...
No final da década de 1970, anos maduros da minha juventude – parece que foi ontem, vivida na Capital de São Paulo, mais precisamente na Zona Leste, surgiram equipes de amigos com carros rebaixados, rodas de magnésio (gaúchas), pneus tala larga e acessórios tais como: toca-fitas TKR, Roadstar, amplificadores de som Tojo (não muito potentes como os de hoje), rádios PX e outros. Nesta época, os modelos mais em moda e mais em conta - os quais os jovens podiam adquirir, eram: Fusca, Brasília, Chevette e Corcel. Cada qual deixava seu carrinho um brinco.
Na região do Alto da Mooca, que abrange os bairros da Água Rasa, Belenzinho e adjacências, tinha uma equipe de fãs destes carrinhos batizada com o nome de TUBA, sigla de “Turma da Barão”, devido aos encontros deles serem na Rua Barão de Serro Largo.
O que teve início numa simples reunião entre amigos, que dali pra frente começaram a se encontrar regularmente, tornou-se uma alegre Turma, cada qual com seu carrinho incrementado – quesito obrigatório para fazer a inscrição, receber as quatro letras brancas em ‘caixa alta’ (TUBA) a serem coladas no vidro traseiro do carro e pertencer ao grupo, podendo frequentar as reuniões.
Lembro-me, também, dos barzinhos – o Pilequinho era um deles; dos bailes de garagem nos finais de semana e das casas maiores – a ‘Toco’, a ‘Status’, a ‘Ligth Society’...
Eu e meu saudoso primo Claudemir, resolvemos inscrever nossos carrinhos na equipe. Eu tinha um fusquinha branco, ano 1962 e ele tinha um Corcel verde, ano 1973. Dentre as condições exigidas para fazermos parte da equipe, três delas eram eliminatórias: ser jovem, residir nas proximidades (Região da Zona Leste) e a principal: ter o carro em boas condições de mecânica, funilaria e pintura. Se uma dessas não fosse preenchida, não participava da equipe. Fomos admitidos e recebemos nossos tão sonhados adesivos.
Certo dia, meu primo perguntou ao pai: - Pai, o senhor sabe o que quer dizer TUBA?
E ele, simpaticamente respondeu: -“Turma Unida, Bacana e Amiga”. Caímos na gargalhada pela pronta e inusitada resposta. Eu, pessoalmente, achei legal esta definição.
Conforme a Turma vai crescendo, cresce também o poder de influência, obrigando, assim, a imposição de regras mais rígidas aos novos membros. Esta evolução chega a tal ponto que, sem exagero, transforma-se em um ‘poder paralelo’ (no bom sentindo, claro) na Comunidade. Queridos e respeitados, começam a participar de atividades culturais, gincanas, campanhas sociais, entre outras.
Assim, os jovens da TUBA, em pouco tempo fazem história, tornando-se a primeira Turma do gênero na cidade de São Paulo. Outras equipes surgiram, até com nomes idênticos, mas Turma da Barão, é marca registrada da moçada da Mooca.
No dia a dia das grandes cidades - nas médias e pequenas também, só o que vemos e ouvimos hoje são jovens desvairados com seus belos e imponentes carrões, com potentes caixas de som amplificadas e vomitando músicas de gosto duvidosas, ritmos com sonoridade horrível e letras que incitam à violência, ao sexo desenfreado, apologia às drogas e ao crime. Um latente desrespeito às leis e aos direitos individuais.
Muitos anos se passaram e hoje vem à lembrança esta época tão peculiar e especial em minha vida. Reminiscências que trazem momentos que foram marcantes e deixaram uma gostosa nostalgia. Lembro-me do saudoso Ataulfo Alves, que cantava: ”Eu era feliz e não sabia”.
Oh, Tempo cruel! Leva-me de volta ao Passado!