Nesta recente viagem a Lisboa para a curtição da defesa da tese doutoral de minha filha Danielle na Universidade Nova de Lisboa, aproveitamos para fazer um passeio pelas proximidades da capital lusitana. Estendemos nossa viagem a Cascais, Estoril e Sintra. Um bate e volta que valeu a pena, realizando um tour em apenas um dia por essas cidades, na companhia de Marcos, um paulista que reside em Lisboa que nos guiou e com quem muito conversamos.
Cascais é chamada de Riviera Portuguesa pela beleza do mar, clima leve e traços parecidos com a Riviera Francesa. Era a cidade onde a nobreza de Portugal mantinha suas residências de verão. Tem belas paisagens dentre as quais a Boca do Inferno, uma formação rochosa na qual a água do mar se altera entre o verde e o azul e o centro histórico com muitos prédios barrocos, tais como o Palácio do Marquês de Pombal e o Museu Condes de Castro Guimarães.
Já Estoril que é uma freguesia de Cascais tem o privilégio de fazer acontecer todos os anos o Grande Prêmio Mundial de Motociclismo. Sua atração maior é o seu famoso cassino, o Cassino de Estoril. Um lugar versátil, com mesas de jogos de poker, black jack e roletas, um teatro espaçoso e restaurantes. É o maior cassino da Europa e a mais antiga casa de jogos e entretenimentos de Portugal.
Mas é Sintra que se destaca, tida pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade. Lá está o Cabo da Roca, o ponto mais ocidental de Portugal, tal qual nossa João Pessoa, o ponto mais oriental do Brasil. De belíssimas paisagens tem inspirado escritores principalmente portugueses, a exemplo de Eça de Queiroz, Almeida Garret, Castelo Branco, Alexandre Herculano, Aquilino Ribeiro, Fernando Pessoa, Vergílio Ferreira e Ferreira de Castro.
Eça de Queiroz perpetuou Sintra em “Os Maias”, “O Primo Basílio”, “A Tragédia da Rua das Flores”, “A Relíquia” e “O Mistério da Estrada de Sintra”. Vergílio Ferreira a eternizou em “Louvar Amar” escrevendo: “Sintra é o único lugar do país em que a História se fez jardim”. Ferreira de Castro, que se encontra sepultado alguns metros abaixo do Castelo dos Mouros, fez em 1970 um único pedido às autoridades portuguesas: que “desejaria ficar sepultado à beira de uma dessas poéticas veredas que dão acesso ao Castelo dos Mouros, sob as velhas árvores românticas que ali residem e tantas vezes contemplei com esta ideia no meu espírito”. O castelo foi construído entre os séculos VIII e IX sobre o local de uma fortificação árabe e foi abandonado no Século XII pelos seus defensores, perante a aproximação do exército de Dom Afonso Henriques, durante a época da Reconquista e da fundação de Portugal.
Por este lado cultural tivemos também o ensejo de visitarmos o Palácio Nacional de Queluz, que foi residência de duas gerações de monarcas, inclusive de Dom Pedro I do Brasil. Situado cerca de 12 km de Lisboa, no caminho para Sintra, lá ele faleceu em 1834, no Quarto Dom Quixote, que contém cenas da vida dessa figura visionária de Cervantes. Dom Pedro I faleceu com 36 anos de idade, vítima de tuberculose, depois de uma vida agitada e até mesmo quixotesca.
Outro evento que juntos estivemos – eu, Socorro e Danielle – foi a vernissage de Sarah Ferreira, desta feita no Hotel do Chiado, em Lisboa. Uma jovem pintora francesa nascida em Paris que apresentou sua coleção Amore, um conjunto de 35 telas pelas quais reinterpreta esculturas do Século XVII ao Século XIX, com o intuito de mostrar que o tempo passa e com ele podemos mudar a matéria e a cor, mas não podemos mudar os sentimentos.
O passeio foi muito bom e coroamos a visita saboreando produtos típicos da região. Depois de caminharmos pelas ruas enladeiradas e estreitas de Sintra degustamos doces e na vila velha, o centro histórico de Sintra, em especial a “piriquita”, docinho produzido por uma fábrica de queijadas e travesseiros desde 1862, criação de Dona Constança Gomes Piriquita. E brindando à alegria sorvemos taças de “sangria”, uma mistura de vinho com cachaça, de muita preferência popular em Portugal. Daqui tomamos rumo para Barcelona, na Espanha.
Cascais é chamada de Riviera Portuguesa pela beleza do mar, clima leve e traços parecidos com a Riviera Francesa. Era a cidade onde a nobreza de Portugal mantinha suas residências de verão. Tem belas paisagens dentre as quais a Boca do Inferno, uma formação rochosa na qual a água do mar se altera entre o verde e o azul e o centro histórico com muitos prédios barrocos, tais como o Palácio do Marquês de Pombal e o Museu Condes de Castro Guimarães.
Já Estoril que é uma freguesia de Cascais tem o privilégio de fazer acontecer todos os anos o Grande Prêmio Mundial de Motociclismo. Sua atração maior é o seu famoso cassino, o Cassino de Estoril. Um lugar versátil, com mesas de jogos de poker, black jack e roletas, um teatro espaçoso e restaurantes. É o maior cassino da Europa e a mais antiga casa de jogos e entretenimentos de Portugal.
Mas é Sintra que se destaca, tida pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade. Lá está o Cabo da Roca, o ponto mais ocidental de Portugal, tal qual nossa João Pessoa, o ponto mais oriental do Brasil. De belíssimas paisagens tem inspirado escritores principalmente portugueses, a exemplo de Eça de Queiroz, Almeida Garret, Castelo Branco, Alexandre Herculano, Aquilino Ribeiro, Fernando Pessoa, Vergílio Ferreira e Ferreira de Castro.
Eça de Queiroz perpetuou Sintra em “Os Maias”, “O Primo Basílio”, “A Tragédia da Rua das Flores”, “A Relíquia” e “O Mistério da Estrada de Sintra”. Vergílio Ferreira a eternizou em “Louvar Amar” escrevendo: “Sintra é o único lugar do país em que a História se fez jardim”. Ferreira de Castro, que se encontra sepultado alguns metros abaixo do Castelo dos Mouros, fez em 1970 um único pedido às autoridades portuguesas: que “desejaria ficar sepultado à beira de uma dessas poéticas veredas que dão acesso ao Castelo dos Mouros, sob as velhas árvores românticas que ali residem e tantas vezes contemplei com esta ideia no meu espírito”. O castelo foi construído entre os séculos VIII e IX sobre o local de uma fortificação árabe e foi abandonado no Século XII pelos seus defensores, perante a aproximação do exército de Dom Afonso Henriques, durante a época da Reconquista e da fundação de Portugal.
Por este lado cultural tivemos também o ensejo de visitarmos o Palácio Nacional de Queluz, que foi residência de duas gerações de monarcas, inclusive de Dom Pedro I do Brasil. Situado cerca de 12 km de Lisboa, no caminho para Sintra, lá ele faleceu em 1834, no Quarto Dom Quixote, que contém cenas da vida dessa figura visionária de Cervantes. Dom Pedro I faleceu com 36 anos de idade, vítima de tuberculose, depois de uma vida agitada e até mesmo quixotesca.
Outro evento que juntos estivemos – eu, Socorro e Danielle – foi a vernissage de Sarah Ferreira, desta feita no Hotel do Chiado, em Lisboa. Uma jovem pintora francesa nascida em Paris que apresentou sua coleção Amore, um conjunto de 35 telas pelas quais reinterpreta esculturas do Século XVII ao Século XIX, com o intuito de mostrar que o tempo passa e com ele podemos mudar a matéria e a cor, mas não podemos mudar os sentimentos.
O passeio foi muito bom e coroamos a visita saboreando produtos típicos da região. Depois de caminharmos pelas ruas enladeiradas e estreitas de Sintra degustamos doces e na vila velha, o centro histórico de Sintra, em especial a “piriquita”, docinho produzido por uma fábrica de queijadas e travesseiros desde 1862, criação de Dona Constança Gomes Piriquita. E brindando à alegria sorvemos taças de “sangria”, uma mistura de vinho com cachaça, de muita preferência popular em Portugal. Daqui tomamos rumo para Barcelona, na Espanha.