Ter um filho
Ter um filho, significava para mim, algo assustador. Sempre achei o mundo , violento, cruel e brutal; no dizer de Guimarães Rosa: viver é muito perigoso.E, conseqüentemente não vale a pena expor pessoas a tantos riscos. O problema é que agora estou pensando em mudar de ideia; aí vem outra figura genial, Jorge Luís Borges que disse em uma de suas últimas entrevistas: só os idiotas nunca mudam de opinião.Pois é, eu estou querendo mudar a minha,por não me considerar um idiota.
Se é tarde, esse argumento não é válido.Meu pai , sempre dizia que é até preferível ter filhos quando estivermos maduros; porque a possibilidade de vê-los envelhecidos é mínima, ou que é mais provável, nenhuma.Ele achava que era uma situação extremamente desagradável, os pais verem os filhos envelhecidos. Sim, voltando ao desejo de ter filhos. Recentemente, no aniversário da morte de Elvis Presley, eu ,ouvindo uma de suas músicas: MY BOY,nesse caso, significando, meu filho.Na letra dessa bela canção, um pai diz que o filho é a sua vida , o seu orgulho e a sua alegria.Eu traduzi como " coragem ". Eu quero ter um filho,e não importa se ele venha a nascer ou já esteja nascido. O importante é que ame a virtude; tenha uma profissão que venha a ajudar o próximo; e se por acaso for parar em Brasília, e chegue a ocupar algum cargo importante, a presidência de qualquer coisa ;que mantenha a honradez, mesmo que seja chamado de ultrapassado. Que não enriqueça ilicitamente. Não seja acusado de formar quadrilha de criminosos. Não passe a mão no dinheiro público.Enfim, que seja um homem de bem e competente no que esteja fazendo. O leitor pode estar perguntando: por que um filho? E se for uma filha?
Bom, aí eu simplesmente faria um poema para ela.